quinta-feira, 12 de maio de 2022

Fortuna crítica de um texto de Tere Tavares do livro Meus Outros

 

Consigo inventar a partir do que sinto
Se não, o que sinto?
Penso que a ficção serve em demasia a quem quer se descobrir, e, se tudo não será o início de tudo ou a sua continuidade inacabada.
E eu, alma autocrítica que permite somente a visão das frestas, o subterfúgio imperfeito no pouco que transporto para o papel, sou igualmente falha, sou a fraude menos enganosa, o fingimento menos mentiroso.
Talvez o único personagem válido seja aquele com a existência em toda a realidade de não existir. Não tenho Pedros, Marias, Alexandres, Joanas, nem Josés.
Com o que digo e entendo de mim, das coisas, reservo algumas mensagens que apresentam um ser meu ou de outrem – supostamente nascido.
De verdade – e aqui a melhor morada de poder confiar sem receio de não haver compreensão – gosto da indômita procura, do escuro que cria espaços para deflagrar a luz, dos arredores que conduzem o centro.
do livro "Meus outros" 2007- Tere Tavares

Severina Etelvina Silva
Tere Tavares é uma honra ler seus textos e ter-te em minha vida. Se a alma caminhante se deixa encontrar o coração prepara a morada para os viajantes.

Raquel Gallego
Si...Tere, buscadora indomable!!!! Tus hallazgos son el regalo que le haces al mundo.

Francisco Da Cunha
No seu texto, denso de subjetividades, Tere, ficcional ou mesmo poético ou poético-ficcional, a escrita literária me lembra por vezes, um poema de Fernando Pessoa, ou seja, uma afirmação é contrastada por um negação, como nas aporias, no luz e sombra, no céu e no inferno, mas é uma narrativa, neste caso aqui, de viés metalinguístico, na qual fala o narrador da própria forma de se exprimir, de fazer literatura com ideias, num diapasão que vai de um extremo a outro do mundo do pensamento interior e dos sentimentos íntimos indevassáveis do personagem. Mas, sem citar nomes de personagens, segundo assinala o texto, cria-se, destarte, no corpo do enunciado, uma multidão de caminhos, de atalhos, com notas autorais, ou mesmo autobiográficas filtradas pela criatividade da narrativa que jamais dará ao leitor o pulo do gato, porque, se o fizer , o texto se revela e, desta maneira, , se livra daquilo que é bem precioso na ficção: as ambiguidades, quer nas ideias ou pensamentos de quem narra, quer no desafio que o crítico vai encontrar para o deslinde da complexidade própria da ficção contemporânea.

Ana Júlia Machado
Sublime...divinalmente escrito e tão real. Leva a refletir sobre a vida que por vezes é tão sombria. 
Parabéns
.

Maria Lucia Kleinhans Pereira
Você encanta.

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Agradecimentos infinitos deixo aqui tributados.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Sobre os livros de Tere Tavares - Fortuna crítica

Por Adir Luz Almeida

"Não faço propaganda do que não conheço bem de perto. Dessa escritora faço e indico. Tere Tavares, mora em Cascavel / Paraná. Sua escrita é linda, inteligente, sensível. Não está nas livrarias, mas pode ser conseguida através de seu face (direto com ela). Sim, seu face é admirável. Quantas é quantas Teres existirão por aí e nem sabemos?".

Tere Tavares, o dia que me conheceres perceberás que poesias e prosas têm que tocar as cordas da minha sensibilidade. Não faço elogios banais. Tua poesia fala comigo, de certa forma aparecem minhas incertezas e as perguntas que me faço".

Adir Luz Almeida

Professora adjunta na UERJ, doutora pela USP e pesquisadora no Ceis20 - Coimbra.
"Mas, isso é só uma representação de mim, não sou eu". (Adir Luz Almeida)





Minha imensa gratidão a ti, Adir Luz Almeida. Sempre.
Tere Tavares

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Sobre essa postagem, assim se manifestou o amigo e escritor Perce Polegatto:

Perce Polegatto: Parece que tudo que ela toca vira poesia e questões filosóficas, uma estética permanente, como uma pintora (que ela também é) que fica revisitando seu tema principal: a realidade. 

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Também comentou a querida leitora e amiga, Severina Etelvina Silva:

Severina Etelvina Silva
Tenho alguns livros da Tere Tavares, ela é demais. Eu fico impressionada com a forma solta e leve que ela escreve e descreve o que vê. É confiável e é de qualidade! 

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Gratidão e alegria! 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Resenha do livro Destinos desdobrados de Tere Tavares por André Di Bernardi

 

O jornalista, escritor e poeta André Di Bernardi, de Belo Horizonte, MG, me presentou com essa leitura e resenha do livro, de minha autoria, "Destinos desdobrados", contos, que saiu em 2021 pela Editora Penalux, SP
"A delícia do mistério, a alegria dos carrosséis
O que acontece, o que ocorre quando as sementes decidem, com o auxílio mais que luxuoso das águas, deixar nascer, para dar lugar a rosas, árvores, gérberas, que sejam? O que acontece quando os destinos se cumprem, quando o maior dos labirintos – a vida em si – se desdobra em poesia? Sim, a poesia, essa “feminina arte de nascer”, como bem diz a escritora Tere Tavares, que lançou recentemente o livro Destinos desdobrados (editora Penalux,SP).
Tere nasceu em São Valentim/RS e é também artista visual. Vale dizer que a bela ilustração da capa foi feita por ela. É dela também os livros Flor Essência; Meus outros; Entre as águas; A linguagem dos pássaros; Vozes & recortes; A licitude dos olhos; Na ternura das horas; Campos errantes e Folhas dos dias. Também participou de 17 antologias e coletâneas no Brasil e no exterior.
São certeiros e também instigantes os títulos dos textos, como Hino à obras inversas; Junaha; Aborim; Thagiah; Modijih; O homem aparente; Pequena antologia dos ninhos; Sobre esquecer-se do incontável; O entusiasmo como renovação; Filhos de papel e tinta
São quase incontáveis, são quase inenarráveis as coisas quando vistas de perto. São quase incontáveis justamente porque existe a literatura, para dar voz ao que existe, para receber o que está por vir. Nada precisa ser perfeito, como diz Tere, mas é sempre translúcida a vontade das águas.
O que dizem os pássaros, naquele silêncio de asas? Tere, com a sua literatura, tenta decifrar os códigos, os signos mesmo dos tantos destinos, que conferem, que emprestam a tudo a delícia do mistério, a alegria dos carrosséis, a vertigem dos labirintos. É sempre lícito o que os olhos enxergam.

Nas pequenas histórias de Destinos desdobrados Tere viaja num seu universo muito particular, feito de antigamentes, que se projetam para um futuro que a escritora diz e aposta que virá, mais forte, pleno, com todas as suas demandas que só o tempo dirá."

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Por ocasião da postagem no Facebook, o livro obteve uma série de Fortunas Críticas, que transcrevo a seguir:


Janete Manacá: Tere, querida Poeta e multiartista! Celebro com você esse momento tão belo e merecido. Admiro a sua poética, a sua sensibilidade e o seu talento. Desejo muito sucesso Esse livro é um primor! Parabéns!!!

Francisco Da Cunha
BEM MERECIDA RESENHA SOBRE UM DOS SEUS MUITOS LIVROS PUBLICADOS. É HORA, AGORA DE PROCURAR SEUS TEXTOS, ESTUDÁ-LOS TANTO QUANTO POSSÍVEL. JÁ ALUDI A ALGUNS ASPECTOS DE SUAS NARRATIVAS: ELA PEDE CUIDADOS ESPECIAIS DE PREPARAÇÃO CRÍTICO-ANALÍTICA, JÁ QUE SUA FICCÃO SE SUSTENTA EM, PELO, MENOS TRÊS CAMPOS SIGNIFICATIVOS: A LINGUAGEM LITERÁRIA, O POÉTICO E O EXISTENCIAL .ESTE ÚLTIMO, POR ISSO, NOS CONDUZIRIA AO FILOSÓFICO. UMA OUTRA DIMENSÃO DE SUA NARRATIVA, ELA NÃO SEGUE PADRÕES TRADICIONAIS DE NARRATIVIDADE. SEUS PERSONAGES, ENREDOS (OU MESMO QUASE AUSÊNCIA DE ENREDO) SÃO DE OUTRA NATUREZA OU ATÉ MESMO PODER-SE-IA AFIRMAR QUE SEUS PERSONAGENS ENREDOS OU TRAMAS, INCLUSIVE ESPAÇO E TEMPO, SE SITUAM NUM PLANO SIMBÓLICO-EXISTENCIAL COMO SE FOSSEM ENSAIOS DENTRO DO FICCIONAL, OU SEJA, METAFICCIONAL PENSO QUE SEJA POR ESSE CAMINHO OU ABORDAGEM QUE ADENTRARÍAMOS NA TENTATIVA, SEMPRE APROXIMADA, DE ENTENDIMENTO DE SUA FICÇÃO INEGAVELEMENTE CRIATIVA, ORIGINAL E COMPLEXA.
Raquel Gallego 
La llama de tu inspiración siempre alumbrando sitios y personas, sin límites.






Marcio Sales Saraiva: É um trabalho maravilhoso, mesmo! 

Maria Olinda RodriguesQue maravilhosa resenha! Parabéns, Tere Tavares, por merecê-la.

Guida Luis: Muitos 
Parabéns
, querida amiguinha Tere, que satisfação quando somos presenteados por palavras inesquecíveis e tão belas sobre o nosso trabalho! Desejo imensa Felicidade linda amiga, ao longo de todo o seu percurso a nível da escrita e não só! Abraço gigante!

Luciano Mendes: Parabéns  Tere Tavares pela produção.

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Honrada e agradecida!
Adquira um exemplar escrevendo para a autora: t.teretavares@gmail.com

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Leituras - Fortuna crítica - Livro Diário dos inícios - de Tere Tavares

Intuir é algo que nos eleva, não para um estado superior, mas para uma antecipação do que virá - seja felicidade ou dor. Tere Tavares

do livro "Diário dos inícios" Metanoia Editora, Selo Mundo Contemporâneo Edições, poesia, 2021. https://loja.metanoiaeditora.com/lancamentos/diario-dos-inicios

Por Guida Luis, Portugal
Guida Luis
Entender, através da intuição sem que haja a utilização do raciocínio/ seja dor ou felicidade.

Por Severina Etelvina Silva, Pernambuco
Severina Etelvina Silva
O belo singelo que alegra os olhos e o coração Tere Tavares ! Amo ver o belo da Natureza e acompanhado com as singelas palavras da grande poeta Tere, fica ainda mais linda.

Por Salvatore Staffelli, Itália
Salvatore Staffelli
Ottima intuizione. È vero, hai ragione, l'intuizione è sul futuro, in un senso o nell'altro.

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Meus imensos agradecimentos! O maior prazer de quem escreve é ter leitores!

terça-feira, 19 de abril de 2022

Fortunas críticas de um texto do livro Diário dos Inícios - de Tere Tavares

O texto que posto aqui, foi escrito em 2020, publicado no Museu da Língua Portuguesa em Outubro de 2020 e no livro "Diário dos inícios", Metanoia Editora, Selo Mundo Contemporâneo Edições, 2021, autora Tere Tavares.

Nas arquiteturas do tempo, nada é definitivo. Nem mesmo a morte.
Vigio o ar que me espera lá fora. Onde tudo é ameaça, desespero, angústia. Ultrapasso as horas, as extremas demoras. Permaneço movendo-me na sacralidade, na meditação cadenciada e inclemente. Leio, escrevo para reordenar a fala e silenciar o receio. A pergunta é um até quando. Que dia, que noite trará a frieza do ir-se ou a tepidez de um ninho para continuar vivendo?
Saio de casa somente para o estritamente necessário, com os aparatos de defesa, se é que isso é possível. Vejo pessoas amedrontadas, suspeitosas, como se fosse anormal encorajar-se a pôr os pés na rua. Resisto. Minha intenção em ver como tudo isso está afetando a cada um, ao Mundo, me faz persistir. Não me renderei, exceto que Deus me recolha. A minha trégua será sempre a Arte – nunca perder a linha que tece os sonhos. Prosseguir, sem olhar para trás. Só assim valerá a pena ter nascido e estar nessa Terra.
Original publicado no Museu da Língua Portuguesa,
Projeto :"A PALAVRA NO AGORA".




https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-4/
 


Fortuna critica de Ornella Dina Mariani, Itália

Marinella Dina
Il tuo è un bellissimo, lirico, messaggio di RESISTENZA cara Tere, il mondo è in preda alla paura. Leggo con sgomento i dati delle vittime giornaliere, da te in Brasile è un parossismo. Abbraccio forte a tutti perchè ne usciate vivi, più agguerriti di prima. Anche dopo la ripresa fisica ci sarà bisogno della ripresa psicologica e come dici bene tu, Tere, l'Arte è salvifica. Basiamo la vita sull'amore, l'Arte e la filosofia. Gli unici modi per vivere degnamente. l'Arte di vivere.

Fortuna crítica de Carlos Ricardo Soares, PT
Carlos Ricardo Soares
Houve um tempo em que a arte era a minha possibilidade de admirar a forma que a acção humana dava aos pensamentos, aos sentimentos, aos sentidos e à falta deles. Depois vi nisso a minha possibilidade de me revelar e depois ainda vi nessa possibilidade um modo de ser e de estar num universo de linguagens em que a maior parte daquilo que é significativo está traduzido. Fosse para entender os outros, fosse para me fazer entender, ainda que aos amigos imaginários, a arte era e continua a ser insubstituível, tanto ou mais do que o braile será para os cegos.

Fortuna crítica de Faty M Caetano, SP
Faty M Caetano
Lembrou Lispector, densidade poética literalmente escrita com coração ...arte é vida e você cara Tere Tavares , possui dons das maravilhas da escrita e da pintura, bem haja, paz e luz, com Deus e em Deus!

Fortuna crítica de Patrícia Claudine Hoffmann, SC
Patrícia Claudine Hoffmann
Que forte e bela publicação! Tua palavra nos adentra pelos poros. Da alma. Um beijo! Arte sempre! Gratidão!

Fortuna crítica de Francisco da Cunha e Silva Filho, RJ
Francisco Da Cunha
QUE ASSIM SEJA, QUERIDA ESCRITORA TERE TAVARES. É EXATAMENTE NESSAS REFLEXÕES OPORTUNAS AO MOMENTO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO QUE A VOZ DE UMA ESCRITORA SE TORNA MAIS PREMENTE. TODO ESCRITOR É, DE ALGUMA FORMA, UM COMPROMETIDO COM O ESTADO SOCIAL E POLÍTICO EM ESCALA ATÉ MUNDIAL. O QUE V. DIZ E BEM NESTE TEXTO PUBLICADO NO "MUSEU DE LÍNGUA PORTUGUESA" É UMA IMAGEM SUBJETIVA (PORQUE LITERRÁIA) E OBJETEIVA (PORQUE É UM CONSTATAÇÃO REAL) - POR QUE NÃO AMBAS? DE UM MAL-ESTAR QUE OS QUE ESCREVEM CRIADORAMENTE SENTEM MAIS PROFUNDAMENTE NA PELE, NA VIDA, NO ESPÍRITO OU NA ESFERA FILOSÓFICA. RESISTIR É O LEMA DO ESCRITOR DIANTE DAS PERVERSIDADES QUE, DIA A DIA, VIVENCIAMOS EM NOSSO PAÍS E PELO MUNDO AFORA. A SUA PALAVRA, TERE, TEM SIGNFICANTE E SIGNFICADO. É UMA PALAVRA INTEIRIÇA: RESUMO DO MUNDO E DAS IDEIAS.

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Deixo tributada minha gratidão a esses(as) queridos(as) leitores(as), que, num dia a dia repleto de afazeres, me honram com suas leituras e feedbacks. Um fraterno abraço a vós. 

domingo, 10 de abril de 2022

Entre as Águas - Um livro de Tere Tavares

 


"Para que nomes?* Eram palavras e dançavam!

Comecei o sábado lendo, Tere Tavares. O livro "Entre as águas" me fez lembrar, pelo contraste, "Todos os nomes", do Saramago: são pequenos contos em que os personagens têm tudo, menos nomes.
Dando "livre" vazão a devaneios d'alma e reminiscências, a autora nos conduz para os labirintos dos sentimentos e pensamentos e, tal qual Penélope, teima em tecer e desmanchar (ou suspender) nossas expectativas ao passar de um a outro tema. Estes são inúmeros, intrincados. Do conjunto, em minha leitura, sobressaí uma busca, quase ansiosa, de suturar, no texto e pelo texto, fendas-feridas, desligamentos. Talvez, por isso, são quase religiosos, no sentido profano da PALAVRA.
* "Para que nomes? Era azul e voava!" (Mário Quintana)
Por Luciano Mendes.
Professor Doutor em Educação e
História da Educação da UFMG Escritor e autor de diversos livros publicados.
Honrada e agradecida pelo feedback, Luciano Mendes. O livro "Entre as águas", - contos, foi publicado em 2011 e continua atual, trazendo-me novas perspectivas de um escrever que ainda me surpreende.
"Entre as águas", ou fora delas, em solo fértil! Semeadura!
Exemplares com a autora.