domingo, 26 de abril de 2009

La Infinita huída


La infinita huída

Se alguna vez
em la tierra de las palabras
El mar
con su pulsera de cielos
En la claridad
sin destino
Ir demasiado lejos
Abandona el paisaje
hacia una misma noche
Por donde el corazón
Con su lumbre de fuego
es un ángel que el aire imita.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Passos


Um painel de pano descendo do teto. É neste espaço artesanal que se gravam as intuições,o surreal dos passos. Passos de antanho e de agora, de amadurecimento e frescor indeléveis.

As flores voláteis e douradas são a estrada de Alice. Depois vem o convite ao mar, num quarto pequeno, o buquê, natureza viva. No quarto maior onde a mãe dorme, a miragem, e novamente, em duas nuances uma linguagem de flores, o claro obscuro em escorridas e femininas liberdades. No corredor o lugar ao léu, a lagoa com três patinhos mansos. Tem outra cena de lago e ocas ao poente lambendo a crueza das paredes.

O leite no escuro na sala da máquina de costura velha comanda outra vez a dança das flores junto a estante de ferro. Na cozinha os frutos suculentos da época. Em seguida, o novo do lago - não há como não refugiar-se nas águas - reflexos e beija-flores.
O que é isso que a desordem da vida pode sempre mais do que a gente?
(Guimarães Rosa)
E os olhares urbanos aguardam algumas das que serão as últimas pinceladas.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Intraduzível

Intraduzível

Do espontâneo, viajo vereda.
Exprimo o sublime ignorado.
Passo a imaginar a chave do limiar.
Isso não me faz maior ou menor do que sou.
Espero o círio aceso no cílio de um sino.
Espero de mim o mínimo inesperado.