quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Arte em toda parte- Premiações

 "O MUNICÍPIO DE CASCAVEL e a SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E ESPORTES - SECESP - EDITAL ARTE EM TODA PARTE: tornam público para conhecimento dos interessados, o presente edital com a finalidade de regulamentar a seleção e contratação de projetos e serviços de artistas, grupos artísticos e empresas do ramo cultural e artístico para serem contemplados pela Lei Federal nº 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc, o qual abrangerá as diversas áreas culturais previstas no art. 19 do Decreto Municipal de n°13.921/2017, a ser veiculado nas mídias sociais e compor acervo da Secretaria Municipal de Cultura e Esportes."

Apresentei um projeto de Artes Visuais e dois projetos de Literatura que, para muita alegria minha, foram classificados e comtemplados:
1) Artes Visais: "Buquê de Flores" - arte digital - Impressão em canvas - 85 x 65 cm - 2019
2) Literatura: Livro "Campos errantes"- contos- Editora Penalux-2018
3) Literatura: Livro "Folhas dos dias" -ensaios- Selo Ser MulherArte Editorial- 2020.
Toda a gratidão à minha família;
aos amigos e amigas;
leitores e leitoras e todos(as) artistas!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Poema de Tere Tavares - Vídeo-leitura

 Um presente que recebi do escritor Marcio Sales Saraiva, a leitura de um poema do livro
 "Na ternura das horas" - ensaios-  2017.

Para ouvir e ver acessar o link abaixo:



https://www.youtube.com/watch?v=26Jv_yUILRw

Tere Tavares - um conto publicado no Ruído Manifesto

 Gratidão à Divanize Carbonari e ao Ruído Manifesto por esse presente! 


Um conto de Tere Tavares

Tere Tavares nasceu em São Valentim, RS, 
é poeta, contista, ensaísta e pintora. 
Desde 1983, reside em Cascavel, PR, Brasil. 
É autora de nove livros publicados: Flor Essência (poesia, 2004 ), 
Meus Outros (poesia, 2007), Entre as Águas (contos, 2011), 
A linguagem dos Pássaros (poesia, Editora Patuá, 2014), 
Vozes & Recortes (contos, Editora Penalux, 2015), 
A licitude dos olhos (contos, Editora Penalux, 2016), 
Na ternura das horas (ensaios, Editora Assoeste, 2017), 
Campos errantes (contos, Editora Penalux, 2018), 
Folhas dos dias, e-book (ensaios, Selo Ser MulherArte Editorial, 2020). 

Participa de antologias no Brasil e Exterior, mídia impressa e eletrônica. 
Integra a Academia Cascavelense de Letras. 
Edita o blog: http://m-eusoutros.blogspot.com.
Facebook: https://www.facebook.com/tere.tavares.1/


Abaixo o link para leitura:
http://ruidomanifesto.org/um-conto-de-tere-tavares/?fbclid=IwAR1qtT7N6Bm_jd9sqhW1GZqH48KSKA26bGyTHMWRic5jGwNgD0A2HjbMln

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Três textos de Tere Tavares publicados no Museu da Língua Portuguesa

Com o objetivo de ajudar as pessoas a lidar com os sentimentos advindos da pandemia, o Museu da Língua Portuguesa, lançou o projeto 'A Palavra no Agora’, que estimula o público a pensar e processar esse momento de pandemia a partir de exercícios de escrita

Mais três textos, de minha autoria, foram publicados em 22 de Outubro de 2020 𝐀 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀 .
Acessem os links para leitura:


 https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-6/ 










Meus agradecimentos à equipe que coordena esse projeto junto ao Museu da Língua Portuguesa, pelas publicações e grande dedicação para poder levar ao mundo inteiro as impressões do Brasil sobre o que se vive No Agora. 

Tere Tavares é poeta, contista, ensaísta e pintora, autora de nove livros publicados: Flor Essência” (poesia 2004), “Meus Outros” (poesia 2007), “Entre as Águas” (contos 2011), “A linguagem dos Pássaros” (poesia Editora Patuá 2014), “Vozes & Recortes” (contos Editora Penalux 2015), “A licitude dos olhos” (contos Editora Penalux 2016), “Na ternura das horas” (ensaios Editora Assoeste 2017), “Campos errantes” (contos Editora Penalux 2018), “Folhas dos dias”, e-book, (ensaios, Selo Ser MulherArte Editorial, 2020). Integra várias Antologias e Coletâneas, no Brasil e no Exterior.

Participante de cinco coletâneas, categoria contos, editadas em Portugal: "A arte pela escrita III" (2010) "Cartas ao Desbarato" (2011), "A arte pela escrita IV" (2011), “A arte pela Escrita VIII” (2015), e “A arte pela escrita IX” (2016). Consta com trabalhos de prosa e poesia premiados nas “Antologias Febraban” (2007) e (2009). Integra as Antologias: “Saciedade dos Poetas Vivos” Vol 11 (2010) em “Blocos onLine”, “Contologia” da Revista “Arraia PajeurBR” 4, (2013), “Antologia Poética 29 de abril o Verso da Violência" (Editora Patuá 2015)”,  “Sobre lagartas e borboletas” (Selo Editorial Scenarium 2015), “Aquafúria - Uma antologia de Poetas Sedentos" (2015)“Diversos –Poesia e Tradução- Edições Sempre em Pé”, PT (2016),  I Antologia Digital de poesia “Porque somos Mulheres” da Revista Ser MulherArte (2020). Antologia “Parem as máquinas” Selo Off Flip 2020, nas categorias Poesia, Conto e Crônica.

Publicações na Internet: “Cronópios”, “Histórias Possíveis”, “Blocos on line”, “Musa Rara”, “Diversos Afins”, “Germina – Revista de Literatura e Arte”, “Escritoras Suicidas”, “Mallarmargens – Revista de Poesia e Arte Contemporânea”, Revistas “Fénix-Logos”- PT e “EisFluências”- PT, Revista “Soletras” de Moçambique, Revista “Vitabreve” – Revista de Arte e Cultura, “Acrobata- Literatura, artes visuais e outros desequilíbrios”, “Amaité Poesia & Cia”, “Fotos e Grafias”, “Escrita Droide”, “Quatatê: Página Brasileira de Poesia do Mundo”,Revista Ser MulherArte”, entre outras. 
Participou da Mostra “Poesia Agora” (2015).. Foi convidada, em 2018 para entrevista ao “Como eu escrevo”, e, em 2020 para o “Café Pós-moderno” da “OBVIOUS”, sediada em Portugal, PT. Em 2020, teve diversos textos publicados no MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA: Projeto “A Palavra no agora”, 2020. Participa do portal lusófono litero-artístico “EscrtArtes”. Integra a Academia Cascavelense de Letras.




quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Dois textos de Tere Tavares publicados no Museu da Língua Portuguesa

Com o objetivo de ajudar as pessoas a lidar com os sentimentos advindos da pandemia, o Museu da Língua Portuguesa, lançou o projeto 'A Palavra no Agora’, que estimula o público a pensar e processar esse momento de pandemia a partir de exercícios de escrita.

Dois textos, de minha autoria, foram publicados em 2O de Outubro de 2020 𝐀 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀 .
Acessem os links para leitura:

https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-5/


https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-4/



Meus agradecimentos à equipe que coordena esse projeto junto ao Museu da Língua Portuguesa, pelas publicações e grande dedicação para poder levar ao mundo inteiro as impressões do Brasil sobre o que se vive No agora. 

Tere Tavares, escritora e pintora, autora de nove livros publicados: Flor Essência” (poesia 2004), “Meus Outros” (poesia 2007), “Entre as Águas” (contos 2011), “A linguagem dos Pássaros” (poesia Editora Patuá 2014), “Vozes & Recortes” (contos Editora Penalux 2015), “A licitude dos olhos” (contos Editora Penalux 2016), “Na ternura das horas” (ensaios Editora Assoeste 2017), “Campos errantes” (contos Editora Penalux 2018), “Folhas dos dias”, e-book, (Ensaios, Selo Ser MulherArte Editorial, 2020). Integra várias Antologias e Coletâneas, no Brasil e no Exterior.



Destaque de artigo -Tere Tavares - obvious -Portugal

 "Temos o prazer de lhe comunicar que o artigo escrito por sí, vai ser destacado na HP principal da obvious. Esta é a página com maior visibilidade do site e destinada a fornecer a maior visibilidade ao seu trabalho. Nos próximos dias (2-8 dias), procederemos também à promoção do artigo nas nossas redes sociais. O Artigo será ainda divulgado nas nossas newsletters com mais de 70.000 assinantes nos países de língua portuguesa. Alice Rocha. Editora".

Para leitura acessar o link abaixo:

http://obviousmag.org/cafe_posmoderno/2020/tere-tavares-e-as-palavras-como-pinceladas-sobre-o-mundo.html?fbclid=IwAR1Tmfvx0usi_aEsv2B5bUNoPgIGjIwVbuaETJbC4jtVRADd4LF6WE0neyw

Marcio Sales Saraiva é o editor, no Brasil, da coluna Café Pós-Moderno na obivious, PT. Gratidão ampla e irrestrita a todos e todas.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Dois textos publicados no Museu da Língua Portuguesa - Projeto: 'A palavra no Agora'

Com o objetivo de ajudar as pessoas a lidar com os sentimentos advindos da pandemia, o Museu da Língua Portuguesa, lançou o projeto 'A Palavra no Agora’, que estimula o público a pensar e processar esse momento de pandemia a partir de exercícios de escrita.

Dois textos, de minha autoria, foram publicados em 21 de setembro de 2020 
𝐀 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀 .

 
Meus agradecimentos à equipe do Museu da Língua Portuguesa, pelas publicações.

Para leitura. acessar os links indicados:


https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-2/ 

https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-3/







terça-feira, 15 de setembro de 2020

Entrevista concedida à Obviuos - Café Pós-moderno

"A obra da escritora e artista plástica Tere Tavares é intensa e leve, profunda e visual, agridoce no ponto certo. Conheça mais desta paranaense que fez deste mundo uma janela mais além".  Marcio Sales Saraiva, editor do Café Pós-Moderno  #cafépósmoderno 


A "Obvious", sediada em Portugal, em seu Café pós-moderno, realiza um trabalho lindo, de grande alcance na divulgação do que é produzido em Literatura no Brasil. 
A coluna Café Pós-moderno já é a que recebe o maior número de leituras, em muitos e variados países.
Sinto-me honrada e agradecida por fazer parte dessa trupe.

Para leitura, basta acessar o link abaixo.

Visitem, curtam, surpreendam-se. 

http://obviousmag.org/cafe_posmoderno/2020/tere-tavares-e-as-palavras-como-pinceladas-sobre-o-mundo.html

TERE TAVARES E AS PALAVRAS COMO PINCELADAS SOBRE O MUNDO


terça-feira, 8 de setembro de 2020

Publicação no Museu da Língua Portuguesa. Projeto 'A palavra no Agora'


Com o objetivo de ajudar as pessoas a lidar com os sentimentos advindos da pandemia, o Museu da Língua Portuguesa, lançou o projeto: 'A Palavra no Agora’, que estimula o público a pensar e processar esse momento de pandemia a partir de exercícios de escrita.

Um dos meus textos, para o projeto: 𝐀 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀 foi publicado em 26 de agosto de 2020. Meus agradecimentos à equipe do Museu da Língua Portuguesa.







Estamos distantes, mas juntos em pensamento. Sabemos, e como é triste sabermos, que nada, nada será como antes. E como é interminável essa normalidade que nos é subtraída continuamente, como um sino brutal a destoar da alegria.

Do abraço. Do aperto de mão. Da segurança que tínhamos antes de sermos algemados pela Covid-19. Que emboscada à vida. Que desfalecimento nos abate a cada vez que pensamos ousar mais um passo, uma saída. A vacina vai demorar.

Até lá, restamos, imbuídos de flores libertárias e desejos ressecados de mostrar o nosso rosto sem a máscara da derrota. Venceremos. Venceremos. Uma estranha felicidade nos embala até o dia seguinte, o mês seguinte, o ano seguinte? Quem sabe? Estamos vivos. E, por enquanto, é esse o nosso milagre.

Tere Tavares, Cascavel (PR)

Resenha do livro 'Folhas dos dias' de Tere Tavares

Resenha sobre o livro 'Folhas dos dias' de Tere Tavares

Em ‘Folhas dos Dias’ Tere Tavares surpreende inclusive a mim, que há tempos acompanho com certa assiduidade o que vem a público de sua lavra em livro ou em seu blog ou alhures. 

"... o que tu vês és tu. O que tu lês és tu. O que tu sentes és tu. E sou eu. E nós ".

Só desse pequeno extrato haveria muito o que dizer. Em suma, é sua arte que aqui se põe a descrever esse intercâmbio de almas entre a autora e seu leitorado com tal explicitude que, repito, me surpreendo ao perceber que é isso mesmo, sim, mas como ela o diz bem. Ficou lindo. Que síntese! Uma instância autoral do que pouco mais adiante ela mesma chama de "...magia artística da enormidade chamada literatura".

A presente obra deixa entrever um pouco de sua interessante cosmovisão que percorre nosso momento histórico atual com esse olhar a um só tempo compreensivo e indignado, tudo sem extremos. No tom. 

Seu olhar de pintora busca aqui o detalhe mais miúdo, ali toma a distância adequada que permita uma visão de conjunto. Ora são as condições meteorológicas em sua região, ora a lamentável situação social e política do momento brasileiro, que com treinado senso de composição ela representa num mosaico textual de ótimo estilo.

A condição feminina tem, naturalmente, seu lugar de honra na presente obra nas passagens onde é diretamente referida e ainda aí com impressionantes equilíbrio e sobriedade. 

Em ‘Folhas dos Dias’ a bem sortida palheta literária de Tere Tavares traz inclusive mais um requinte: o da expressão poliglota, com trechos em italiano, em espanhol ou inglês casualmente se alternam, engastados no conjunto. Até umas rápidas pinceladas de latim. Biscoito muito fino, tudo.

Boa leitura.

João Batista Esteves Alves

Escritor, poeta e tradutor

 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

terça-feira, 21 de julho de 2020

Folhas dos dias - Um livro de Tere Tavares

Um e-book publicado em 17 de julho de 2020


FOLHAS DOS DIAS

Autora: Tere Tavares
Gênero: Ensaios poéticos
N° de páginas: 53
Formato: PDF
Tamanho: 2,9MB
ISBN: 978-65-00-05790-4




ONDE COMPRAR:
• com a autora: t.teretavares@gmail.com
Preço: R$ 18,00

SOBRE A OBRA:
Ensaios poéticos divididos em cinco capítulos, onde na abertura de cada um deles a autora nos presenteia com uma de suas belíssimas pinturas. Em Folhas dos Dias, Tere fala da vida, de seus sonhos, anseios e indagações sobre a natureza das coisas, dos seres e das coisas da natureza. São incursões da alma em todos os tons, deixando-nos imagens e impressões das mais diversas. E a certeza de que suas palavras são desenhadas com a mesma acuidade de seus pincéis. Sua arte é tão poética quanto filosófica.
[Chris Herrmann - escritora e editora]

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Poemas publicados no projeto Pixel Ladies e Revista Ser MulherArte

"A arte é o que nos salva da dureza dos dias. Por isso continuamos o desafio poético com imagens da Pixel Ladies e da Revista Ser MulherArte durante a pandemia. As mulheres poetas que se sentirem convidadas podem escrever um poema a partir desta imagem e postar aqui nos comentários. Depois os poemas serão publicados na Revista Ser MulherArte e na página da Pixel Ladies". 
"Projeto Pixel Ladies + Revista Ser MulherArte
por Bianca Velloso, Suzana Pires, Chris Herrmann e Lia Sena
Pixel Ladies é um grupo de fotógrafas brasileiras com experiências de vida diversas e a Revista Ser MulherArte é um coletivo de artistas mulheres de língua portuguesa. Ambos têm o objetivo de divulgar a produção artística das mulheres.
A arte é o que nos salva da dureza dos dias. Por isso a Pixel Ladies e a Revista Ser MulherArte lançaram um desafio poético durante a quarentena. A Pixel Ladies propõe a imagem em postagem no Facebook e as poetas que se sentirem tocadas escrevem um poema. A Revista Ser MulherArte seleciona e publica".

Poemas com que participei a partir de 07 de Junho de 2020 até 11 de julho de 2020:

A Naturalidade que falta

Há um detalhe que talha o caminho
Interrompe a harmonia da paisagem

Uma criança sozinha
O balanço vazio
Ou seria uma alma faminta entre os troncos das árvores?
Talvez a solidão grassando à luz do dia
Uma promessa distante
A obscuridade do presente
A desenhar um raro instante
Enquanto tudo diz
Que a humanidade nunca mais será a mesma
[Tanta é a morte que a especula
A tragédia que a persegue]
Por nunca ter referido o seu mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa.

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Das incertezas agudas

Essa música que brota das águas

Mistura-se aos flocos sussurrantes
Como se gritos desses introspectivos dias

A primavera chegará sem garantir flores totais
Sem profecias à desilusão
Segue-se no quando em quando
Nas agudíssimas insolvências

Talvez uma nova Terra seja criada
Talvez um novo céu azule mais essa turbidez

Enfim. Nada finda sem fim.

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Sororidade
Frater
Toda a cor é coração.

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Natureza Morta

Esse conjunto não natural
Esse emaranhado estático e desértico
Crava pedras agudas no azul escasso do céu. Quanta ironia salta dessas flechas nocivas à vida. Quanta evasão nos corações que não batem mais. Anda pelo frio, tu, que açoitas o carinho das noites. Sem alma. Sem flama. Sem nunca mas ouvir o verde.

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link para ver o projeto e para leitura dos poemas
http://www.sermulherarte.com/search/label/Projeto%20Pixel%20Ladies%2FSer%20MulherArte?m=1&fbclid=IwAR2oIpoAwC1ldF3BU2s-w2_IOU1vF44WqdBiaF7QA999A-wcVUwBwEDzI1k

domingo, 24 de maio de 2020

Participação na I Antologia Digital de Poesia da Revista Ser MulherArte

Muito honrada em participar entre as 149 autoras aqui publicadas.
Obrigada Chris Herrmann e Lia Sena. Antologia Digital ‘Porque Somos Mulheres’.
Revista Ser MulherArte! A Literatura se alegra e se engrandece pelo vosso trabalho.
Sucesso sempre.

http://www.sermulherarte.com/p/antologia.html?showComment=1590346026895

Conjugação

Ter a lavratura do destino nas próprias mãos
Escavando-o com o rigor de quem se lança à vida
Como ave incansável
Saber-se em anéis perpétuos de sopros e vozes
E livros concebíveis por inúmeras fontes
Em sopros de sublimidade
Em contínuos avanços
No ensejo de aceitar os inumeráveis desafios
Ser Mulher
Encher o mundo de luz sem nunca deixar de percebê-la.

Tere Tavares

Publicação na Revista Acrobata

A Revista Acrobata faz um excelente trabalho na divulgação de
"Literatura e Artes Visuais e outros Deslequilíbros", como ela se denomina. Vale muito conhecê-la!

Meus agradecimentos ao editor e escritor Demetrios Galvão pela oportunidade e incentivo na publicação:
https://revistaacrobata.com.br/demetrios/conto/3-contos-de-tere-tavares/

Acessem o link acima para leitura.

3 Contos de Tere Tavares


O homem que nunca era visto - do livro "Campos errantes" Ed. Penalux 2018

O homem indizível - do livro " A licitude dos olhos" Ed. Penalux 2016
Impermanência - do livro "Campos errantes" Ed Penalux 2018

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Publicação no Escrita Droide

escrita droide 

Três contos foram publicados no Escrita Droide, juntamente com três imagens de Arte também de minha autoria.
Meus agradecimentos aos administradores/editores: Mariza Lourenço e Alberto Bresciani pela oportunidade e incentivo. Desejos de sucesso, sempre, a esse riquíssimo espaço!

Para leitura e visualização acessem o link abaixo:
https://escritadroide.blogspot.com/2020/05/tres-contos-de-tere-tavares.html

Os contos compõem o livro "Campos errantes" contos - 2018 - Editora Penalux, SP

Do que a altura toma para si mesma

Eva

Prece

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Publicação de conto e pintura na revista Feminina SerMulherArte

Um conto e uma tela nas artes integradas de Tere Tavares.
Gratidão Lia Sena  e Chris Herrmann pela oportunidade e publicação de meu trabalho na "Revista Feminina SerMulherArte de Arte Contemporânea". Honrada por fazer parte. 
Desejos de sucesso e continuidade. 


Para leitura segue o link:
http://www.sermulherarte.com/2020/04/artes-integradas-de-tere-tavares-um.html

Quotidiano - do livro "Campos errantes" - contos - 2018 - Editora Penalux, SP



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Posfácio do livro Campos errantes de Tere Tavares por Dorotea Duval




Dorotea Duval escribe acerca de Tere Tavares

No conozco personalmente a Tere Tavares, nunca he tenido en mis manos un libro suyo ni he contemplado frente a frente ninguna de sus pinturas: Tere Tavares es una de mis amigas de Facebook, un personaje del que sería imposible hablar sin hablar del personaje que esto escribe --una señora que acaba cumplir noventa años y que pinta rosas-- en esta zona difusa del sueño donde todos somos creación de todos. Hijos de la percepción y de nuestras propias referencias nuestra historia de personaje nos ayuda a comprender --¿a soportar?-- la realidad de la vida que se desenvuelve de este lado de la pantalla. Entre símbolos, alegorías, falacias del estilo, fantasías compensatorias automisericordes, todos vamos creando una novela coral, un castillo imaginado-no-imaginario de pura verdad. En el corazón de la ficción todo es cierto. Y casi siempre mas interesante y misterioso. Desconocido para nosotros mismos, nuevo, sorprendente.

En Facebook tener un grupo de más de dos mil amigos se vuelve algo difícil de gestionar, sobre todo si no tienes nada que vender, nada que publicitar, ninguna ganancia ajena al hecho del juego epistolar. Hoy, estos amigos se han quedado en unos seiscientos: Cancelamos la vulgaridad, la superficialidad, la exhibición personalista, la propaganda encubierta, la mala educación, la falta de humor, de estilo, las confidencias egocéntricas, la vanidad, el descuido, la chabacanería, el machismo, el feminismo trasnochado y sobre todo la estupidez. Quedó lo mejor, con unos diez o veinte --no más; tal vez menos--, hermanas y hermanos que representan lo mejor de lo mejor. Tere Tavares, está entre ellos. Siempre estuvo, siempre estará, porque esta mujer maravillosa es lo opuesto a todo el amargo elenco de pecados mediocres que acabamos de mencionar.

Tere Tavares, una señora que pinta y escribe, es una luz que sobresale, brilla, fulgura. No ciega; aclara, ilumina. Nunca dice yo; yo tengo, yo sé, yo quiero, nunca dice me duele…Dice nosotros y allí están sus hijos, su esposo, los amigos íntimos, los de carne y hueso… y también los lectores, los que miran sus maravillosas pinturas, las hermanas del Facebook, los caballeros hermanos, el mundo entero. Las personas como Tere Tavares nunca se imponen; son sencillamente imponentes.

Pintar un rostro que se pueda leer como un paisaje, la expresión cambiante de un paisaje que nos mira, mover los géneros sin perder la caligrafía personal ni el equilibrio constituye un raro estado de gracia de la pintura, fresca, honesta, sin los artificios de una ingenuidad inventada. En un momento de grandes formatos, de artistas que ya no pintan sus propios cuadros, que se realizan trabajos enormes con vistas a los museos, pinturas como las de Tere Tavares son una esperanza de salvación, un camino secreto y luminoso. Doy gracias por la maravillosa dignidad de estas obras bien hechas, que tampoco se imponen, que también son imponentes porque las cosas hechas de verdad, con decencia de humanos tienen la entidad de una obra de la naturaleza. Una verdadera creación, un don precioso, tan bello, tan generoso y no una simple manufactura

En el mundo de Tere Tavares un colibrí es una flor que vuela, es una flor que besa. Un mar pintado es todo el mar, todos los mares de cada uno, el recuerdo del mar de infancia y la memoria de los mares que nunca vimos. Y también los muertos en el mar. Una rosa es todas las rosas y la palabra rosa y el nombre Rosa, y las cuatro letras y el número cuatro y un cubo de oro donde se asienta el mundo y desde el que podemos mirar la memoria del mundo: se inclina sobre un campo de trigo y pensamos en la Madre de la madres, en una mujer que tiene en el vientre a todas las mujeres, en Yemanyá, la diosa, con su collar de cauríes y de peces. Estrella del Mar; luz que nos viene de tan lejos, que comenzó viajar cuando aún no existían las montañas.

Una de nuestras hermanas queridas, Dina Marini, me dijo un día algo que se puede decir también de todas las hermanas y sobre todo de Tere Tavares: que hay en nosotras una mujer que que no admite la derrota. Una mujer fuerte que ama la belleza, que no admite su falta, ni la falta de gracia, ni los gestos desgarbados. Una mujer que tampoco admite la negligencia, la pereza, la resignación; que va por la vida con el elegante paso de quien nunca pierde su orgullo ni su compostura nacidos del coraje de ser una mujer.

En Tere Tavares existe, además, una inmensa zona de dulzura, de extremada gentileza que solamente tienen las personas que han sido --que son--, muy amadas y frente a la cual se reformula algo ya dicho: Aquella a la que los dioses propicios aman, muere muy anciana, con buena salud, amada, sin soledad, ni rencor, ni promesas incumplidas. Con el pasado superado --no olvidado, no perdonado-- con el futuro a sus pies, a la vista, como un pequeño animal de compañía. Y el presente, luminoso y eterno. Porque al pasar el tiempo, algunos seres luminosos, van encontrando los fundamentos de su existencia toda. Las piedras con las que marcamos el camino de ida, algunas mojadas de lágrimas, otras iluminada de risas, que ahora, de vuelta a casa, se han convertido en diamantes.

Dorotea Duval
Riano, Italia
Marzo de 2018

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Dorotea Duval escreve sobre Tere Tavares

Não conheço Tere Tavares pessoalmente, nunca tive nas mãos um livro dela nem contemplei frente a frente nenhuma de suas pinturas: Tere Tavares é uma de minhas amigas do Facebook, um personagem de quem seria impossível falar sem falar do personagem que ora escreve --uma senhora que acaba de completar noventa anos e que pinta rosas-- nesta zona difusa do sonho onde todos somos criação de todos. Filhos da percepção e de nossas próprias referências, nossa história de personagem nos ajuda a compreender -- suportar? -- a realidade da vida que se desenvolve deste lado da tela. Entre símbolos, alegorias, falácias do estilo, fantasias compensatórias de autocompaixão, todos vamos criando uma novela coral, um castelo imaginado-não-imaginário de pura verdade. No coração da ficção tudo é certo. E quase sempre mais interessante e misterioso. Desconhecido para nós mesmos, novo, surpreendente.
Ter um grupo de mais de dois mil amigos no Facebook torna-se algo difícil de administrar, sobretudo se você nada tem para vender, nada para propagandear, nenhum proveito além do fato do jogo epistolar. Hoje, estes amigos reduziram-se a uns seiscentos: Cancelamos a vulgaridade, a superficialidade, a exibição personalista, a propaganda disfarçada, a má educação, a falta de humor, de estilo, as confidências egocêntricas, a vaidade, o descuido, a grosseria, o machismo, o feminismo antiquado e sobretudo a estupidez.  Ficou o melhor, com uns dez ou vinte --não mais; talvez menos--, irmãs e irmãos que representam o melhor do melhor. Tere Tavares, está entre estes. Sempre esteve, sempre estará, porque esta mulher maravilhosa é o oposto de todo o amargo elenco de pecados medíocres que acabamos de mencionar.
Tere Tavares, uma senhora que pinta e escreve, é uma luz que se sobressai, brilha, fulgura. Não cega; clareia, ilumina. Nunca diz eueu tenhoeu seieu quero, nunca diz me dói… Diz nós e ali estão seus filhos, seu esposo, os amigos íntimos, os de carne e osso… e também os leitores, os que olham suas maravilhosas pinturas, as irmãs do Facebook, os cavalheiros irmãos, o mundo inteiro. As pessoas como Tere Tavares nunca se impõem; elas simplesmente são imponentes.
Pintar um rosto que se possa ler como uma paisagem, a expressão cambiante de uma paisagem que nos mira, mover os gêneros sem perder a caligrafia pessoal nem o equilíbrio constitui um raro estado de graça da pintura fresca, honesta, sem os artifícios de uma ingenuidade inventada. Em um momento de grandes formatos, de artistas que já não pintam seus próprios quadros, que realizam trabalhos enormes com vistas aos museus, pinturas como as de Tere Tavares são uma esperança de salvação, um caminho secreto e luminoso. Dou graças pela maravilhosa dignidade destas obras bem feitas, que tampouco se impõem, que também são imponentes porque as coisas feitas de verdade, com decência de humanos têm a substância de uma obra da natureza. Uma verdadeira criação, um dom precioso, tão belo, tão generoso e não uma simples manufatura.
No mundo de Tere Tavares um colibri é uma flor que voa, é uma flor que beija. Um mar pintado é todo o mar, todos os mares de cada um, a lembrança do mar da infância e a memória dos mares que nunca vimos. E também os mortos no mar. Uma rosa é todas as rosas e a palavra rosa e o nome Rosa, e as quatro letras e o número quatro e um cubo de ouro onde se assenta o mundo, de onde podemos avistar a memória do mundo: Inclina-se sobre um campo de trigo e pensamos na Mãe das mães, em uma mulher que tem no ventre todas as mulheres, em Iemanjá, a deusa, com seu colar de conchas e de peixes. Estrela do Mar; luz que nos vem de tão longe, que começou a viajar quando ainda não existiam as montanhas.
Uma de nossas irmãs queridas, Dina Marini, me disse um dia algo que se pode dizer também de todas as irmãs e sobretudo de Tere Tavares: que há em nós uma mulher que não admite a derrota. Uma mulher forte que ama a beleza, que não admite sua falta, nem a falta de graça, nem os gestos desajeitados. Uma mulher que tampouco admite a negligência, a preguiça, a resignação; que vai pela vida com o passo elegante de quem nunca perde seu orgulho nem sua compostura nascidos da coragem de ser una mulher.
Em Tere Tavares existe, além disso, uma imensa zona de doçura, de extremada gentileza que somente têm as pessoas que foram --que são--, muito amadas e frente à qual se reformula algo já dito: Aquela a quem os deuses propícios amam, morre muito anciã, com boa saúde, amada, sem solidão, nem rancor, nem promessas descumpridas. Com o passado superado --não esquecido, não perdoado-- com o futuro a seus pés, à vista, como um pequeno animal de companhia. E o presente, luminoso e eterno. Porque com o passar do tempo, alguns seres luminosos vão encontrando os fundamentos de sua existência inteira.  As pedras com as quais marcamos o caminho de ida, algumas molhadas de lágrimas, outras iluminadas de risos, que agora, de volta a casa, se converteram em diamantes.

Dorotea Duval
Riano, Itália
Março de 2018

Tradução: por João Batista Esteves Alves/RJ

Posfácio do livro Campos errantes de Tere Tavares por Ornella Dina Mariani


Tere Tavares per Orenlla Dina Mariani

"Nessun Dio si fa vedere nel deserto che sogna la pioggia" Tere Tavares

Potrei estrapolare altre mille poesie così, da un suo racconto, incise nella leggerezza della sua prosa poetica che si adorna di poesia non per compiacimento o estetica ma perché la sua anima ne è intrinsecamente pervasa, imbevuta al punto da tracimare.
Il suo scrivere è quindi non solo prosa poetica ma poesia pura che si dilunga in descrizioni particolareggiate di stati d'animo come di anfratti marini, avvallamenti e sponde e rive dove la sua eroina cerca con noi la spiegazione di sé, del suo esistere in tanta luce. La Luce è la protagonista ultima e mai vinta e affiora ovunque. La si sente persino nella cadenza delle strofe che hanno una particolare calda cadenza. Luminosità aerea, vista prospettica dall'alto da un punto di vista filosofico, che la rende estranea agli avvenimenti pur vivendoli appieno.

Un sentire antico, aulico, quello di questa autrice brasiliana che rende i suoi personaggi devoti alla luce, quindi anche all'ombra, il suo immediato rovescio (la sera raggiunge sempre tutti) ma che ci parla di una Umanità migliorata da questo contatto intimo con la natura, i suoi segreti e le sue meravigliose protuberanze, che noi chiamiamo alberi, mare, foglie, fiori, tramonti e come ultimo fiore, la nostra anima.

Tere Tavares ha dentro un canto che vuole dedicare al mondo. E' un canto che parla della sua anima che negli anni ha guardato il mondo e il Il mondo è stato fermo ad osservarla. In questo mutuo scambio di sguardi c'è come un mutuo scambio di doni perché lei ha l' intima consapevolezza di capire il mondo e i suoi ingranaggi nascosti. Glieli ha suggeriti il vento, le spighe di grano, il sole cocente, il sole quando tramonta, la luna rotonda o quando è solo uno spicchio nel cielo nero. Lei sente dentro di sé cantare tutto questo e quando accade sente il tempo che è fermo e il suo silenzio rimbomba, esplode come quando in un cielo grigio c'è la saetta del tuono. Lei è Natura e si sente madre e figlia sua.

Non si capacita di come il mondo abbia dimenticato questa intima conoscenza, questa immersione rapida nell'arcano. Lei scrive poesie che parlano di questa sua patria d'elezione, scrive e dipinge tratti di questa sua visione. Uccelli, fiori, donne sono composti della stessa materia del sogno. Lei ritrae ma anche vola. Il pennello vola sulla tela e si posa come un uccello quando vuole mettersi a cantare. La mano corre sulla tastiera e compone versi come in preda ad una visione arcana. Lei meriterebbe un secolo meno violento, anche nel suo paese. Lei sente sulla pelle tutte le paure di questa storia tormentata. Lei non si nasconde ma trova rifugio nel suo mondo. Chi legge i suoi scritti ha come l'impressione di diventare come uno dei personaggi delle tele di Chagall: vola libero sui paesaggi dell'anima.

Non può fare a meno di dare questa sensazione di leggerezza, di maestosità, di visione dall'alto- Come aquila sorvola, come passero si posa, come rondine migra, come usignolo ella canta la sua vita e così canta anche quella del mondo intero.

 Ornella Dina Mariani - Lecca- Italia / Giugno/2018

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Tere Tavares por Ornella Dina Mariani

“Nenhum Deus se faz ver no deserto que sonha com a chuva”. Tere Tavares

Eu poderia extrair milhares de poemas assim de um dos seus contos, gravados na leveza de sua prosa poética que se adorna de poesia não pela satisfação ou estética mas porque sua alma está intrinsecamente imbuída de poesia, embebida ao ponto de transbordar.
Sua escrita é, portanto, não só prosa poética mas poesia pura que se detém em descrições detalhadas de estados de espírito como de profundezas marinhas, concavidades e encostas e margens onde a sua heroína procura conosco a explicação de si, do seu existir em tanta luz. A luz é a protagonista final, jamais vencida e aparece por toda a parte. Pode-se senti-la até na cadência das estrofes que possuem uma cadência calorosa e especial. Luminosidade aérea, vista prospectiva do alto de um ponto de vista filosófico, que a torna estranha aos acontecimentos apesar de vivê-los plenamente.
Sentimento antigo, solene, o desta autora brasileira que faz seus personagens devotos da luz, portanto também da sombra, seu reverso imediato (a noite sempre atinge a todos) mas que nos fala de uma Humanidade melhorada por este contato íntimo com a natureza, seus segredos e suas maravilhosas protuberâncias, que chamamos árvores, mares, folhas, flores, pores do sol e, como última flor, a nossa alma.  
Tere Tavares traz em si um canto que quer dedicar ao mundo.
É um canto que fala de sua alma que ao longo dos anos observou o mundo e o mundo ficou parado a observá-la. Nesta mútua troca de olhares há uma espécie de troca de presentes porque ela tem a íntima consciência de compreender o mundo e suas engrenagens ocultas. Sugeriram isto a ela o vento, as espigas de cereais, o sol escaldante, o sol poente, a lua redonda ou quando é somente um gomo no céu negro. Ela ouve isso tudo cantar em seu interior e quando é o caso ouve o tempo que se acha parado e seu silêncio ecoa, explode como quando há o relâmpago do trovão num céu cinzento. Ela é natureza e da natureza se sente mãe e filha.  
Não entende como foi que o mundo esqueceu esta compreensão íntima, esta imersão rápida no arcano. Ela escreve poemas que falam de sua terra favorita, escreve e pinta a partir desta sua visão. Pássaros, flores, mulheres, são compostos com o próprio material do sonho. Ela retrata, mas também voa. O pincel voa sobre a tela e pousa como um pássaro quando quer cantar. A mão corre sobre o teclado e compõe versos como tomada por uma visão arcana. Ela mereceria um século menos violento, também em sua terra. Ela sente na pele todos os medos dessa história atormentada. Ela não se esconde, mas encontra refúgio no seu mundo. Quem lê os seus escritos tem a impressão de se tornar como um dos personagens das telas de Chagal: voa livre sobre paisagens da alma.
Não pode deixar de dar esta sensação de leveza, de grandiosidade, de visão do alto.
Como águia sobrevoa, como pássaro pousa, como andorinha migra, como rouxinol ela canta sua vida e assim canta igualmente a do mundo inteiro.

Ornella Dina Mariani – Lecca- Itália – Junho de 2018
Tradução por: João Batista Esteves Alves/RJ