Estamos no "Coletivo Marianas" com nossos livros e nosso trabalho:
http://www.coletivomarianas.com
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quinta-feira, 18 de junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
Sobre lagartas e borboletas
É com muita alegria que vejo a concretização desse belíssimo projeto. Parabenizo e agradeço aos organizadores(as) pelo resultado. Que asas, todas asas, seja e haja sempre. Parabéns também à todos os autores(as) e à ilustradora Cristina Arruda. Sucesso e felicidades, sempre. Abraço.
"Tere Tavares é uma das 75 poetas participantes do livro Sobre Lagartas e Borboletas... e vem na ala internacional! Bom voo, Tere!!!"
"Tere Tavares é uma das 75 poetas participantes do livro Sobre Lagartas e Borboletas... e vem na ala internacional! Bom voo, Tere!!!"
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Obrigada! Obrigada!
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terça-feira, 26 de maio de 2015
Em nome de alguém
Decisão - ost - 20x40cm 2007 by Tere Tavares |
Em nome de alguém
Onde entrelinhas se entrelaçam
formando nebulosas, autenticidades
tanto estranhas quanto lúcidas,
tanto verdadeiras quanto subjetivas,
diretas como evidentes
Seriam videntes os poetas,
nas gretas das metáforas,
difusões escudadas em palavras,
velados no desvelo de crerem-se relevos num quase nada,
quase pássaros, num esvoaçar indeciso de silêncios,
quase mundos, quase horizontes, beija-flores.
Não se encontra ninguém para enviar um poema,
haverá quem o queira?
Então se o devolve
não intacto
mas com o tato branco da mão que o exercita e o crê,
num ato breve, fora do tempo,
que o espera folhear-se num qualquer livro,
num luzir de escuridão.
formando nebulosas, autenticidades
tanto estranhas quanto lúcidas,
tanto verdadeiras quanto subjetivas,
diretas como evidentes
Seriam videntes os poetas,
nas gretas das metáforas,
difusões escudadas em palavras,
velados no desvelo de crerem-se relevos num quase nada,
quase pássaros, num esvoaçar indeciso de silêncios,
quase mundos, quase horizontes, beija-flores.
Não se encontra ninguém para enviar um poema,
haverá quem o queira?
Então se o devolve
não intacto
mas com o tato branco da mão que o exercita e o crê,
num ato breve, fora do tempo,
que o espera folhear-se num qualquer livro,
num luzir de escuridão.
Poema do livro "A Linguagem dos Pássaros" Editora Patuá 2014.
Tela; Decisão 20x 40cm - 2007 -By Tere Tavares
terça-feira, 19 de maio de 2015
Publicação na Antologia Fénix Logos Maio 2015
Estou nessa Antologia "FENIX" LOGOS Maio 2015, organizada pelos escritores portugueses Carmo Vasconcelos e Henrique Lacerda Ramalho. Agradeço muitíssimo a ambos, e ao meu amigo e poeta Lino Mukurruza de Moçambique. Há muita poesia e prosa aqui.
Basta clicar na imagem e passear; com os olhos atentos.
http://www.carmovasconcelos-fenix.org/LOGOS/L14/LOGOS-14MAI-2015-POESIA_51.htm
ALGUÉM QUE, COM UM ACONTECIMENTO, SONHA
Tere Tavares |
Fico pensando
O quanto faria sem essas intermináveis cicatrizes. Silencio-me no unguento das folhas de dente-de-leão para afagar a ferida. Faço, do cataplasma, um prato gourmet. Deito-me num leito estreito onde toda minha dificuldade afunda. Escrevo porque sinto [somente a palavra me suspende] Então consigo sumir. Ir sumindo. Espero que o dia passe. Repasso a minha vontade. O jugo de sempre, os desperdícios involuntários, os exercícios da inaptidão. Sinto o peso de não ter peso. Sinto vergonha e revolta. Sinto vergonha por sentir revolta e vergonha. Sinto que não há volta, não há retorno. Em torno de mim a jornada se apaga com o sol posto. A lua beija o meu sono e as estrelas consomem meu cansaço. E esse braço, e esses sonhos todos que criei, Não morrerão antes que as minhas mãos os afaguem. Antes que meus olhares sejam totais. Acredito e evito enlouquecer. Sinto pena do que poderia ter sido. Sinto pena do que poderia ser. Sinto o que é. Sinto com a proscrição, por saber que, de algum modo, Tudo será, e tudo terá sido. Assustadoramente belo [Como eu sem mim] Num sem tempo [Talvez] Noutro tempo que não esse. |
Tere Tavares
Cascavel - PR- Brasil |
domingo, 17 de maio de 2015
Marinheiro Só - Guache sobre Papel
Marinheiro Só - Guache sobre papel - By Tere Tavares |
Palavras que recebi da amiga e integrante da Diretoria Sônia Regina Spengler Xavier:
"Obrigada a você Tere Tavares, colocaremos moldura nesta obra e fará parte do acervo cultural do Jardim Maria Luiza. "A oportunidade é o caminho pra quem tem talento", parabéns, e com certeza ver nascer uma obra é um momento único!!! Que Deus sempre lhe abençoe! Um grande abraço"!
sexta-feira, 15 de maio de 2015
"Criação Essencialmente"- Resenha do livro Flor Essência
Por Lino Mukurruza
Flor essência. Neste livro de apenas 96 páginas, Tere Tavares (amiga escritora e poeta, Brasileira) confirma aquilo que tenho dito nos últimos dias, «os modelos são todos para todos». Odeio os ensaístas que têm a tendência para comparar uma escrita com a outra. Toda a escrita que não seja plagiadora é singularmente de quem cria. Por mais que haja imagens criacionais numa, assim como na outra letra é patético igualmente inserir um poeta ou escritor no feto pronto, ou imagens semelhantes. Tere Tavares concebe a sua escrita com uma perfeição ao nível da língua, letra-poética, imagens tinta e voz. Tornando a sua escrita para o leitor “ecrã” de projecção cinematográfica. Neste caso, o leitor vem ver nesta escrita o mínimo e a essência dos objectos que ela descreve sobre a sua agradável letra: “a lagrima não diz/ o rio que me percorre/ nem o riso me define / … a nudez é/ sempre forte demais/ na continua fluência/ de buscar o íntimo mistério”. Tere Tavares emociona e apaixona o leitor, leitor que dá significação aos mínimos detalhes da escrita e da letra, dos exercícios e da prática, da arrumação e da perfeição: “as coisas que digo/ não me dizem/ já as que calo me contam …”. Há um descrever muito íntimo e profundo que só uma poeta madura, como Tere Tavares, nesta escrita pode fazer: madura? Eu não disse madura, talvez esteja equivocado entre os radares desta letra, cuja semente foi lançada pela Tere Tavares “… Tua saia toda vida/ toda sorte o teu seio/ e branca toda lágrima que molhasse a boca/ das flechas que atiras ao destino”. Há igualmente um exercício que é muito importante em criação da letra literária, em particular a poesia: “a abelha chegou/ bebeu o néctar da flor de limoeiro/ vestiu-se de me// o pássaro chegou pousou no galho em meio aos espinhos vestiu-se de ninho// homem … vestiu-se de mel/ … ninho/ … limoeiro”. Tere Tavares não só é poeta e/ou escritora, é também “gostadora” de palavras de forma mestra e especial: “noiva do sol/ veste-se de olhos negros/ núpcias da noite”: esta poeta é concreta! Isso sim, caracteriza a sua escrita singular, pelo menos neste livro, que para mim livro não sei se é (isso transcende o ser livro), mas autêntica viagem. Talvez se justificado pelo facto da mesma poeta Tere, para além de pintar em telas de papéis, igualmente em telas de tinta plástica (arte): “sou incapaz/ de chorar uma lágrima de cada vez/ vejo-me cachoeira/ chorando todas as chuvas juntas/ e a cada poente/ tépido … no anseio de um sonho ressôo”. Esta escrita inspira e ensina não a escrever, mas a pintar imagens lindas e perfeitas quando o jogo na escrita ganhar outro conceito como “aprimorar” a beleza, e o gongorismo desta perfeição erra apenas o que é: “o sol vermelho/ acalma o horizonte/ fico assim/ a perder-se no avesso do dia/ até que a unidade de um sopro me contemple” nesta mesma escrita, para além do amor ao mínimo do concreto das coisa(S?), existe igualzinho a essência de preferência e aqui eu me encontro: “a madrugada é mãe santa/ traz flores silvestres/ as únicas que valem apena” esta poeta também gargalha a letra sem limite. A letra fica frustrada e ri-se com ela e volta a estar furiosa. Contudo, Tere Tavares é uma das poucas escritoras com estas características, até porque não pretendo comparar! Comparar, comparar o quê?
Lino Mukurruza
Lichinga, Moçambique, 04 de Maio 2015
Flor essência. Neste livro de apenas 96 páginas, Tere Tavares (amiga escritora e poeta, Brasileira) confirma aquilo que tenho dito nos últimos dias, «os modelos são todos para todos». Odeio os ensaístas que têm a tendência para comparar uma escrita com a outra. Toda a escrita que não seja plagiadora é singularmente de quem cria. Por mais que haja imagens criacionais numa, assim como na outra letra é patético igualmente inserir um poeta ou escritor no feto pronto, ou imagens semelhantes. Tere Tavares concebe a sua escrita com uma perfeição ao nível da língua, letra-poética, imagens tinta e voz. Tornando a sua escrita para o leitor “ecrã” de projecção cinematográfica. Neste caso, o leitor vem ver nesta escrita o mínimo e a essência dos objectos que ela descreve sobre a sua agradável letra: “a lagrima não diz/ o rio que me percorre/ nem o riso me define / … a nudez é/ sempre forte demais/ na continua fluência/ de buscar o íntimo mistério”. Tere Tavares emociona e apaixona o leitor, leitor que dá significação aos mínimos detalhes da escrita e da letra, dos exercícios e da prática, da arrumação e da perfeição: “as coisas que digo/ não me dizem/ já as que calo me contam …”. Há um descrever muito íntimo e profundo que só uma poeta madura, como Tere Tavares, nesta escrita pode fazer: madura? Eu não disse madura, talvez esteja equivocado entre os radares desta letra, cuja semente foi lançada pela Tere Tavares “… Tua saia toda vida/ toda sorte o teu seio/ e branca toda lágrima que molhasse a boca/ das flechas que atiras ao destino”. Há igualmente um exercício que é muito importante em criação da letra literária, em particular a poesia: “a abelha chegou/ bebeu o néctar da flor de limoeiro/ vestiu-se de me// o pássaro chegou pousou no galho em meio aos espinhos vestiu-se de ninho// homem … vestiu-se de mel/ … ninho/ … limoeiro”. Tere Tavares não só é poeta e/ou escritora, é também “gostadora” de palavras de forma mestra e especial: “noiva do sol/ veste-se de olhos negros/ núpcias da noite”: esta poeta é concreta! Isso sim, caracteriza a sua escrita singular, pelo menos neste livro, que para mim livro não sei se é (isso transcende o ser livro), mas autêntica viagem. Talvez se justificado pelo facto da mesma poeta Tere, para além de pintar em telas de papéis, igualmente em telas de tinta plástica (arte): “sou incapaz/ de chorar uma lágrima de cada vez/ vejo-me cachoeira/ chorando todas as chuvas juntas/ e a cada poente/ tépido … no anseio de um sonho ressôo”. Esta escrita inspira e ensina não a escrever, mas a pintar imagens lindas e perfeitas quando o jogo na escrita ganhar outro conceito como “aprimorar” a beleza, e o gongorismo desta perfeição erra apenas o que é: “o sol vermelho/ acalma o horizonte/ fico assim/ a perder-se no avesso do dia/ até que a unidade de um sopro me contemple” nesta mesma escrita, para além do amor ao mínimo do concreto das coisa(S?), existe igualzinho a essência de preferência e aqui eu me encontro: “a madrugada é mãe santa/ traz flores silvestres/ as únicas que valem apena” esta poeta também gargalha a letra sem limite. A letra fica frustrada e ri-se com ela e volta a estar furiosa. Contudo, Tere Tavares é uma das poucas escritoras com estas características, até porque não pretendo comparar! Comparar, comparar o quê?
Lino Mukurruza
Lichinga, Moçambique, 04 de Maio 2015
Lino Mukurruza
(Moçambique) Lino Mukurruza (pseud.). Lino Sousa Mucuruza, moçambicano. Publicou “Vontades de partir & outros desejos” – Poesia. (FUNDAC, 2014), “Almas em tácitas” – Poesia (LUA DE MARFIM, 2015) Colabora em diversas revistas, nacionais e internacionais, só para destacar algumas: (“PIRÂMIDE”, “SOLETRAS”, “LITERATAS”, “CORREIO DA PALAVRA” – Revista da ALPAS 21, “XITENDE”, “SINESTESIA” Caderno literário “PRAGMATHA” entre outras). Consta nas antologias poéticas “CLEPSYDRA” – Coordenada pela poeta Gisela M. Gracias Ramos Rosa - (COISAS DE LER, 2014), “À FLOR DA ALMA” – Coordenada pela poeta Sandra Ferrari Radich Fresa - (SOL, 2014) “Vozes do Hiterland” (Letras de Angola, 2014), “PREMONIÇÕES” – (LUA DE MARFIM, 2015), “POEMA-ME” (LUA DE MARFIM, 2015), “POESIA DE PINTAR E SER FELIZ” (LUA DE MARFIM, 2015) na 12 Volume da antologia “LOGOS” (Janeiro, Fevereiro 2015), foi vencedor mencionado e participa na antologia do XXX prémio mundial de poesia “NÓSSIDE” 2014. Vencedor em segundo lugar do 2º Concurso de Literatura da Academia de Letras, Artes Ciências de Brasil (ALACIB). Vencedor em 3º lugar do concurso internacional de literatura ALPAS 21 “a palavra do século” (Brasil, 2015). Actualmente cursa Português na Faculdade de Ciência da Linguagem, Comunicação & Arte da Universidade Pedagógica (Niassa) igualmente membro de direcção (tesoureiro) do Clube de Escritores Poetas & Amigos de Niassa (CEPAN).quarta-feira, 6 de maio de 2015
Participação na Mallarmargens - Revista de poesia e arte contemporânea
Minha participação na Revista mallarmargens revista de poesia & arte contemporânea. Obrigada Jandira Zanchi por esse feliz presente.
Grande abraço.
Para leitura acessem:
http://www.mallarmargens.com/2015/05/2-poemas-de-tere-tavares.html
Grande abraço.
Para leitura acessem:
http://www.mallarmargens.com/2015/05/2-poemas-de-tere-tavares.html
domingo, 3 de maio de 2015
Participação no Vita Breve
Obrigada pelo convite e publicação do conto e da pintura Ana Lúcia Vasconcelos.
Para leitura acessem: http://www.vitabreve.com/prosa/142/5/o-homem-que-brilhava/
Para leitura acessem: http://www.vitabreve.com/prosa/142/5/o-homem-que-brilhava/
Participação no blog NÓSTRES
" a arte, a poesia de Tere Tavares"
Muito grata pelo convite Mariza Lourenço, e pela publicação.
Todos esses poemas compõem o livro "A Linguagem dos Pássaros",
publicado pela Editora Patuá em 2014.
Ainda há exemplares à venda.
Muito grata pelo convite Mariza Lourenço, e pela publicação.
Todos esses poemas compõem o livro "A Linguagem dos Pássaros",
publicado pela Editora Patuá em 2014.
Ainda há exemplares à venda.
Quem se interessar, basta acessar o site http://editorapatua.com.br
domingo, 26 de abril de 2015
Publicação na Revista Vanilla
Eis uma matéria sobre meu livro "A Linguagem dos Pássaros" (poesiaEditora Patuá 2014) publicada pela Revista Vanilla edição de número 6, de 2015.Grata ao jornalista Nelson Junior, meu amigo de Pato Branco, PR, por esse presente.
Publicação de poemas na Revista Acrobata
Para o amigo Demetrios Galvão.
Qual a minha emoção ao abrir a correspondência e ver a Acrobata mostrando-me a feitura, finíssima feitura aliás. Mais uma agradável surpresa me felicitou ao ver meus poemas publicados na primeira página! Quanta alegria!
E ao percorrer a Acrobata, a cada nova página, autor, ilustrações, textos riquíssimos, meu entusiasmo pela Literatura aumentava. Parabéns a todos os participantes dessa edição. Faço o registro, com essas fotos, desse presente inefável. Obrigada ao corpo editorial da "Acrobata-Literatura Audiovisual e outros Desequilíbrios".
E ao percorrer a Acrobata, a cada nova página, autor, ilustrações, textos riquíssimos, meu entusiasmo pela Literatura aumentava. Parabéns a todos os participantes dessa edição. Faço o registro, com essas fotos, desse presente inefável. Obrigada ao corpo editorial da "Acrobata-Literatura Audiovisual e outros Desequilíbrios".
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Aqui passaram penas
Aqui passaram penas.
Foi o gato.
Ontem a noite.
Por isso os ratos Hoje.
https://www.facebook.com/tere.tavares.1
As poetas Adriane Aneli Lagrasta e Chris Hermann publicaram esse poema na page Boca a penas.
Obrigada, sempre, amigas.
https://www.facebook.com/tere.tavares.1
As poetas Adriane Aneli Lagrasta e Chris Hermann publicaram esse poema na page Boca a penas.
Obrigada, sempre, amigas.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Participação de atividades na Academia de Letras de Toledo, PR.
A troca de novos livros. |
terça-feira, 17 de março de 2015
Dia Mundial da Poesia em Cabo Verde
Uma honra ter sido convidada a participar desse Evento; Ainda que à distância, saber-me lida nesse Sarau Poético é motivo de emoção e alegria. Muito Obrigada aos Organizadores e demais participantes; especialmente ao amigo e escritor Nuno Ferreira Rebocho.
Matéria completa no link:
http://www.africa21online.com/artigo.php?a=11024&e=Cultura
Matéria completa no link:
http://www.africa21online.com/artigo.php?a=11024&e=Cultura
sexta-feira, 13 de março de 2015
Clemente
Pescador ao por do sol - ost- 35x70 - 2009 Tere Tavares |
O sol sumia por entre as pedras entristecidas. As ondas, como enormes maços de nostalgia, esparramavam-se incansavelmente sobre a imensidão difusa da praia.
Era uma vez um desvairado pairando sobre a vastidão. Atravessou a crueza da sombra e foi ter com os rochedos. Era possível que estivesse num lugar onde provasse toda a sorte de sensações. Seu objetivo era o lado oposto. Lá encontrou ondas maiores e ameaçadoras. Alguém vendia ilusões a cinco reais.
Resolveu retornar ao lugar de onde viera. Sentia-se vigiado. Sequer se lembrava dos seus. No brilho dos finos grãos de areia, como redigidos por uma estrela de meio-dia, lia-se o motivo de cada ser que ali houvesse aportado. Seriam legíveis aos outros os passos que dava na mesma proporção que lhe eram nítidos os rastros dos outros?
O desvairado, contorcido pelas bifurcações do pensamento, almejava estar diante de outro cenário. Mal podia conter o torpor da sua terrível ansiedade. “Deves sentir cada direção escolhida, seja como for”. Aplaudiu ao sinal como quem se agarra ao intransponível. “Terás de sentir também esses ares recém plantados, e os infinitos. Queres? Quem sabe as areias movediças? Não recomendo que te satisfaças tão rapidamente”.
Atendeu sorrindo com a febril consciência de um ponto sem ponto. Provara a todos e a si mesmo – a mente liberta o fazia sentir-se lucidamente fecundo, eufórico. O primeiro nascimento, o segundo viver, o terceiro término. Não lutou contra a canção espiralada no peito. Brincou com os seixos. Guardou alguns búzios. Não se tornaria opaco outra vez. Era como se repartisse a própria vida sobre um tabuleiro interminável, o delírio cinza e sublime – sem perceber a loucura que o acompanharia até o céu.
do livro "Entre as àguas" (prosa 2014)
pintura: "Pescador ao por do sol" - ost- 35x70- 2009 By Tere Tavares
Contos publicados na Revista Diversos Afins
Na edição número 99, março de 2015, da Revista "Diversos Afins" estou na página
"Dedos de Prosa III" com dois contos: " O Colorista" e "Sub-reptício".
Agradeço aos "leveiros" Leila Andrade e Fabrício Brandão pela publicação.
A ilustração é da artista plástica Alessandra Bufe Baruque.
Para leitura acessem:
http://diversosafins.com.br/?p=9475
ou
http://diversosafins.com.br/
Bom passeio!
"Dedos de Prosa III" com dois contos: " O Colorista" e "Sub-reptício".
Agradeço aos "leveiros" Leila Andrade e Fabrício Brandão pela publicação.
A ilustração é da artista plástica Alessandra Bufe Baruque.
Para leitura acessem:
http://diversosafins.com.br/?p=9475
ou
http://diversosafins.com.br/
Bom passeio!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Cinquenta tons de gris
Cinquenta tons de Gris
Ou para ilustrar meus Brasis
Um defeito
Um mal feito
Um jogo de fogo
Escondido
Temido
Sem hora nem jogo
Um joio
Um fogo
Um tombo no povo
É festa
É funesta
É a fresta de novo
Um defeito
Um mau jeito
Uma faca de névoa
Não é bomba nem sombra nem água demais
É camuflagem é corrupção é mil e um carnavais
É você do outro lado
É você crucificado
Pelo jeito
Pelo mal feito
Pela norma no chão
Pela lei não cumprida
Pela pátria falida
Pela lei do cão.
É um chega que grita e não é ouvido
É uma alma aflita
[Não é uma. É um milhão]
É o roubo indevido
É uma pobre nação.
É uma corda bamba
Virando samba-canção.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Tempestade Urbana é Movimento
"Observadores" -2007 - Técnica Mista- 40x50 BY Tere Tavares. |
TERE TAVARES responde ao desafio:
O QUE É TEMPESTADE URBANA PRA VOCÊ?
Tempestade Urbana é Movimento.
Movimento Tempestivo.
Poema Publicado na page "Tempestade Urbana":
https://www.facebook.com/tempestadeurbana/photos/a.497771583691274.1073741829.497751130359986/592300237571741/?type=1&fref=nf&pnref=story
Aqui o Projeto "Do ovo ao voo":
https://www.facebook.com/tempestadeurbana/photos/a.543201739148258.1073741835.497751130359986/590495657752199/?type=1&theater
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Máscara Brasileira/Carátula Brasileña
Poema (bilingue) publicado no espaço Tempestade Urbana. Grata a Adriana Aneli Costa Lagrasta pelo honroso convite à participação do Projeto "Do ovo ao voo".
Máscara Brasileira
Não definiu a proposta
As formas mais simples.
O que governa
Não escreve a boa tradição.
Na atualidade
E desde sempre
De há muito tempo
Não é o verdadeiro eu que conta
Antes a concepção mais falsa
Do que deveria ser honestidade.
Canta o povo
Dança seu coração
Não obstante
De novo
Canta o povo
Dança seu coração
Sua alma se perde
Ele não tem que mudar por obrigação
Contudo pode mudar seu tortuoso caminho
Com seu grito de asas abertas
De inconformismo
By Tere Tavares
Carátula Brasileña
No definió la propuesta
Sensilamente las formas.
Lo que gobierna
No escribe la buena tradición.
En la actualidad
Y desde siempre
Hace mucho tiempo.
No es el verdadero yo que cuenta
Si no la más falsa concepción
De lo que debería ser honestidad.
Canta el pueblo
Baila su corazón
Sin embargo
De nuevo
Canta el pueblo
Baila su corazón
Su alma se pierde
Y él no tiene que cambiar por obligación
Y todavía puede cambiar su estorbado camino
Con su grito de alas abiertas
De no conformidad.
By Tere Tavares
Máscara Brasileira
Não definiu a proposta
As formas mais simples.
O que governa
Não escreve a boa tradição.
Na atualidade
E desde sempre
De há muito tempo
Não é o verdadeiro eu que conta
Antes a concepção mais falsa
Do que deveria ser honestidade.
Canta o povo
Dança seu coração
Não obstante
De novo
Canta o povo
Dança seu coração
Sua alma se perde
Ele não tem que mudar por obrigação
Contudo pode mudar seu tortuoso caminho
Com seu grito de asas abertas
De inconformismo
By Tere Tavares
Carátula Brasileña
No definió la propuesta
Sensilamente las formas.
Lo que gobierna
No escribe la buena tradición.
En la actualidad
Y desde siempre
Hace mucho tiempo.
No es el verdadero yo que cuenta
Si no la más falsa concepción
De lo que debería ser honestidad.
Canta el pueblo
Baila su corazón
Sin embargo
De nuevo
Canta el pueblo
Baila su corazón
Su alma se pierde
Y él no tiene que cambiar por obligación
Y todavía puede cambiar su estorbado camino
Con su grito de alas abiertas
De no conformidad.
By Tere Tavares
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