Um painel de pano descendo do teto. É neste espaço artesanal que se gravam as intuições,o surreal dos passos. Passos de antanho e de agora, de amadurecimento e frescor indeléveis.
As flores voláteis e douradas são a estrada de Alice. Depois vem o convite ao mar, num quarto pequeno, o buquê, natureza viva. No quarto maior onde a mãe dorme, a miragem, e novamente, em duas nuances uma linguagem de flores, o claro obscuro em escorridas e femininas liberdades. No corredor o lugar ao léu, a lagoa com três patinhos mansos. Tem outra cena de lago e ocas ao poente lambendo a crueza das paredes.
O leite no escuro na sala da máquina de costura velha comanda outra vez a dança das flores junto a estante de ferro. Na cozinha os frutos suculentos da época. Em seguida, o novo do lago - não há como não refugiar-se nas águas - reflexos e beija-flores.
O que é isso que a desordem da vida pode sempre mais do que a gente?
(Guimarães Rosa)
E os olhares urbanos aguardam algumas das que serão as últimas pinceladas.
2 comentários:
Caríssima Madrinha,te ler é encantador,pelas filigranas em letras formas,pelo sussurro de poemas seus,como se fossem,estou feliz por saber ter voce perto, com sua arte e encantamento.
Tulipas Rubras, senhora, braçadas de Rubras Tulipas!
Viva A Vida!
Ai Tere...estes "passos" em forma de palavras...traçam uma pintura belíssima.
1 Bj*
Luísa
Postar um comentário