Enclausuro-me acabrunhada
quando me pega aquela sensação de desamparo.
E, fico assim por senti-la
e, sinto-a mais por lembrar-me
de como a senti
pela primeira vez,
e, mais ainda sinto-a
por temer que possa não ser a última.
Reparo no tanto de mãos desocupadas
desfilando a meu lado.
Nenhuma se me estende,
e se...aceitar?
Sigo só
mas não de todo,
tenho meu olhar e meus ouvidos
para me distrair.
A mente apressada conserta-me:
“há sempre anjos a teu lado”.
Abrando-me,
conforto-me de estar bem
e poder continuar a caminho de casa.
Um comentário:
Terê, quando ser só, longe de representar aquilo que realmente se quer, parece a única alternativa (na base do quem eu quero não me quer, quem me quer ...) aprender é preciso, já que viver também é.
Entretanto, foi graças a você (aqui, obviamente, só posso referir-me ao seu eu lírico) não ter aprendido a ser só, que pude, ma qualidade de leitor, desfrutar agora de toda a satisfação que este poema me proporcionou.
Lindo, lindo. Demais, Terê.
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