No meu íntimo,
fundo sobre o mundo
um templo sem portas.
Meu ser emudece;
o interesse de tudo escoa no cimo das horas.
O tinteiro observa como se tivesse olhos.
Moer a revolta e devolvê-la num beijo
(entender-me é o meu recreio)
Em branco, elaboro a fuga
e deixo um bilhete de existir.
Foto-Mar-TT
13 comentários:
Indispensável o brincar, moer a revolta, revolvê-la em beijos.
Afastar o medo do branco, que assustou alguns e ao invés de ficar e lutar, fugir e escrever.
Gostei muito. Os dias de folga construíram outras referências e a mesma paz tranquilizadora. Beijos.
A criação é ilimitada. Por onde "passamos" deixamos um bilhete, que pode ser lido por alguém inesperado. Adoro você, Tere querida! Beijos.
Tere, amada! Agora vai ficar mais fácil seguir seus passos, traços, laços. Mesmo que de Maceió. Beijo!
Caros amigos e amigas,
grata pela presença e comentários aos textos, observação, pensamentos, revisitas. Sempre bem-vindos - vocês integram esse pedacinho de espaço. Voltem sempre!
Abraço carinhoso cada um!
Continuando o comentário do Djabal: outro dia, José Castello (colunista do Prosa&Verso)dizia numa palestra na Uerj que começa to-dos os seus textos com a palavra NADA como título, só assim consegue escrever. Já eu preciso (além de muuuito silêncio) de um TUDO, ou seja, muitos escritos - os que mais amo - me rodeando, consultando ora um ora outro, para só então brotar algo meu.
O seu tinteiro TEM olhos, creia. E entender-se (sempre via o outro) poderia ser o recreio de todo mundo: quantos mal entendidos não se evitaria!
Uma volta das férias em grande estilo, minha amiga Tere! Seja bem-vinda.
Tere, posso convidar outros amigos pra "brincar" no seu blog?
Tomei a liberdade de indicar o seu no meu. Pode ser?
Beijo!
Ana, queria amiga, e suas palavras são tinturas que guardo sempre com carinho. "Brincar" com a escrita é algo mesmo inevitável! Beijos e obrigada pela vinda.
Georgia, doce amiga, podes sim, claro! Minha responabilidade aumenta com a trupe de mestres/ doutores/alunos...desafios são sempre bons e necessários. Minha alegria com tua presença é sem tamanho. Beijo grande.
Querida Tere
Quanta subjetividade é moída, triturada e elaborada nesses versos!
Bom poder estar aqui e compartilhar dessa lírica produção poética.
Beijos
Ao reler o seu poema deparei com uma relação entre o íntimo e um templo sem portas. Coisa estranha o íntimo. E um templo sem portas. Estranho para quem vê de fora. Estranho para quem está dentro.
A Tere tem uma leveza de caligrafia que transporta o tempo todo em cada palavra.
Beijo
Permissão concedida... a sério!
Beijinho
Reitarados agradecimentos aos leitores/amigos interlocutores - por enriquecerem o texto com a presença e comentários. Beijo grande, desejos de uma ótima semana a todos.
Beleza isso de ter o íntimo como "um templo sem portas"
A saudável abertura ao inesperado, ao inusitado, a coragem de penetrar em várias dimensões da vida e enriquecer-se com isto.
Belo poema!
Beijão.
Ricardo Mainieri
Na solidão de nossos templos íntimos
as paredes ressoam nossas vozes
desejosas que o branco de nossas vidas
se cubra de cores.
Que medo o que nos impede de pedir permissão para brincar?
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