Sou o que não permanece
as coisas que digo
não me dizem
já as que calo me contam
e as que contam de mim não sou eu
e se dizem e é verdade
em seguida é mentira
porque já terei sido antes
o que agora não sou mais
penso ser aquilo que faço
e o que deixo de fazer
é algo meu que não nasce
as coisas que digo
não me dizem
já as que calo me contam
e as que contam de mim não sou eu
e se dizem e é verdade
em seguida é mentira
porque já terei sido antes
o que agora não sou mais
penso ser aquilo que faço
e o que deixo de fazer
é algo meu que não nasce
Poema do Livro "Flor Essência-
Tere Tavares"
3 comentários:
Tere, querida, o enigma deixa a poesia ainda mais bela. Beijos.
Maravilha.
Gosto muito deste poema, Terê.
Seu poema Poema postula questões filosóficas que dão que pensar, o ser e o vir a ser, essas coisas com algum traço do monólogo hamletiano que sempre terão sabor de profundidade, quanto mais em hábeis versos como estes.
Parabéns
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