quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Enchentes



Enchentes

As poças tranqüilas da calçada espelham o remanso cioso da recente chuva.
Minha imagem se acalma por entre as neblinas. E se encolhem resquícios de uma precoce primavera. Setembro vem com gosto de agosto. E uma flor na coloração de uma rua escura de pessoas escuras de noites escuras.

Uma rua que das flores seria derme da flor não foi o derramado pólen
e disso se ria mais que uma dor atéia que tateia e, 
se preciso,
tatua inteira meia lua cheia.

Foto e texto by Tere Tavares

2 comentários:

luadepedra disse...

Assim se escreve na linguagem das luas em suas fases de frutificação. Palavras-flores. Beleza.

Um beijo,
Luísa

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Bom dia e semana Tere
Que inspiração provoca esse tempo!
Viajei com o texto. E isso é bom. Provamos o improvável em outras situações.
Beijos amiga.