terça-feira, 16 de agosto de 2022

Um presente para as minhas artes ou Fortuna Crítica


Arte: Teresa- pintura digital - 2019 - By Tere Tavares

"Devo dire che gente come Tere Tavares crea a cada momento un mondo migliore, con la parola e la sua imagen... Tere Tavares, fa un mondo per noi, diverso, quel mondo che noi non pensiamo ma che vediamo nel nostro sogno. Quello é, per me il vero artista. Tere non fa lavori artistici per vendere o per farsi un ego. Tere Tavares crea un mondo nuovo per una umanità nuova. Su arte é sacro".

"O que sería decirte, querida amiga es que tus dibujos y pinturas tanto esta de las auraicarias, --que tienen también la dulzura de unas flores de anís y que juegan con la escala-- y la anterior, la joven que hiciste con bolígrafo, conservan ambas la presencia de tu gesto y se puede leer en el dibujo la danza de tu mano sobre el papel, fijando la imagen que tu sentimiento y emoción convierten en algo material. Vemos la idea emocionada tomar cuerpo, encarnarse. Y eso es como un pequeño milagro que resulta inmenso. Pura poesía donde se juntan las artes de la danza, la pintura, el gesto... Un punto donde en Universo converge en un puro amor. Un abrazo del corazón".

Que una mujer de una cultura tan completa no haya perdido la frescura de su palabra ni de su trazo, que haya conservado la naturalidad más encantadora y que la humildad sea su verdad más acabada hace que conocer a Tere Tavares sea una maravillosa oportunidad de la vida. Creo que tú eres una persona que ha construido un mundo interior de gran riqueza, armonía, Amor Universal... Y esa LUZ sale por los poros, esa luz se irradia... En tu pintura, preciosa y pura, sin ninguna pretensión (¿Tienen pretensiones las Flores? No, tienen una finalidad. Y tus pinturas tienen la finalidad de comunicar la belleza simple de un mundo que no siempre se ve. Tere Tavares, no tengo dudas de que es una trabajadora de la luz y la belleza, una artista especial, un talento único".

Caminhos de araucárias - ost. 2012

Mulher com livros - caneta esferográfica- 2015

O que seria dizer-te, querida amiga é que os teus desenhos e pinturas tanto esta das auraucárias, -- Que têm também a doçura de uma flor de anis e que jogam com a escala -- e a anterior, a jovem que fizeste com Caneta, conservam ambas a presença de seu gesto e pode ler-se no desenho a dança de sua mão sobre o papel, ajustando a imagem que seu sentimento e emoção convertem em algo material. Vemos a ideia animada de tomar corpo, encarnar-se... e isso é como um pequeno milagre que é imenso. Pura poesia onde se juntam as artes da dança, a pintura, o gesto... um ponto onde no Universo converge em um puro amor. Um abraço do coração.

By Dorotea Duval: Dorotea Duval, um perfil do facebook, de uma mulher extraordinária, cidadã do mundo, plena, de espírito livre, engrandecendo a todos com sua existência. Ela se descreve(ia) assim: Dorotea Duval. Nacida en Detroit en 1927, de padres españoles. Viví en Francia y España. Actualmente vivo en Riano, Lazio, Italia.
Tem ainda um perfil aqui: 
https://www.instagram.com/rosasdeinvierno/

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E a minha querida artista e amiga Ornella Dina Mariani, da itália, diz:
Marinella Dina. "L'arte è un punto di contatto unico e irripetibile. Il tuo modo di dipingere il corpo femminile parla di amore per il corpo, il nostro corpo femminile, così bello e così armonioso. La tua è una ricerca dell'armonia, che si esplica in tutti i dipinti che fai. Che siano fiori o corpi femminili è sempre della bellezza che si parla e di quello che suscita in chi la guarda: ammirazione. Ognuno ha un'ottica diversa ma il punto è sempre quella: la grazia, l'armonia, la bellezza. Dicono salveranno il mondo. Io lo credo. Grazie di avere pensato per la condivisione. E' per me un privilegio". "A arte é um ponto de contato único e único. A tua maneira de pintar o corpo feminino fala de amor pelo corpo, o nosso corpo feminino, tão lindo e tão harmonioso. A sua é uma busca da harmonia, que se explora em todas as pinturas que você faz. Que sejam flores ou corpos femininos é sempre da beleza que se fala e do que suscita em quem a olha: admiração. Cada um tem uma ótica diferente, mas o ponto é sempre: a graça, a harmonia, a beleza. Dizem que vão salvar o mundo. Acho que sim. Obrigado por pensar e compartilhar. É para mim um privilégio".

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E, a minha querida amiga e artista imensa, Raquel Gallego, da Argentina, e a doce amiga Maria Lucia Periotto, brasileira, endossam: Raquel Gallego
Feliz día, Tere, maravilloso recibir palabras tan elogiosas de Dorotea...tu talento enorme las merece.
Si no supiéramos de tu sensibilidad, de tu talento literario y pictórico y de tu amor por la naturaleza lo adivinariamos por tu foto, por tu bella y serena sonrisa. Gracias.
Maria Lúcia Periotto
Che sia in letteratura o in pittura, ha la perfezione di chi fa ció che ama.
                                                             ***

E o leitor e amigo, mestre das letras, brasileiro, Francisco da Cunha e Silva Filho, afirma:
O QUE IMPRESSIONISTICAMENTE VEJO PRIMEIRO NESSA EVA SÃOS OS OLHOS DELA, A VIVACIDADE, UM BRILHO COMO SE ESTIVESSE QUERENDO NOS DIZER ALGUMA COISA COM O OLHAR. OS OLHOS FALAM PARA QUEM OS VÊ COM CUIDADO, COM VONTADE DE NELES PENETRAR E REVELAR-LHE OS SEGREDOS E MISTÉRIOS DE UMA BELA MULHER. AH, QUANTO O OLHAR DIZ DO TODO!  A MINHA ADMIRAÇÃO PELO QUE FAZ EM AMBAS AS ARTES: A DA ESCRITA PROSA/POESIA, E A DO PINCEL E TELA UNIDOS À IMAGINAÇÃO DA AUTORA /ARTISTA. PARABÉNS DE NOVO. 

Francisco Da Cunha
ANTIGO, PORÉM, BELO E SUGESTIVO. NÃO É PRECISO ENTEDER TUDO EM ARTE DE DESENHO, DE PINTURA, DE ESCULTURA. O QUE É PRECISO É APRECIAR-LHE O CONJUNTO, O ARTEFATO. O QUE É NECESSÁRIO É LANÇAR OS OLHOS PARA AS LINHAS E AS FIGURAS AINDA QUE, COMO EM MÚSICA, NÃO ATINEMOS COM O SENTIDO GRÁFICO-VISUAL-TEMÁTICO. QUE É SÍMBOLO E, POR ISSO, MAIS INTUÍDO PELO LEIGO DO QUE COMREENDIDO. NEM TODA BELEZA É CONSTRUÍDA PARA SER ENTENDIDA E SIM PARA SER HAURIDA COMO FORMA DE ARTE.

               Arabesco, (um tanto antigo) grafite e creiom, 2004, Tere Tavares


O amigo Giovanni Francomacaro, da Itália, me diz: 

Giovanni Francomacaro
Un artista è come un Vagabondo: non troverà mai un posto dove fermarsi, perché lui sa che la bellezza non è un comodo rifugio dove fermarsi sazi e al calduccio; la bellezza è come una farfalla, leggiadra e inafferrabile, oppure come una ragazza dagli occhi ballerini, che mentre ti manda un bacio, è già fra le braccia di un nuovo amore. La bellezza è sempre un nuovo giorno, un nuovo sguardo, un nuovo viaggio, e non c'è freddo, timore della notte, che possa fermare un vagabondo, e impedirgli di vedere una nuova alba in un nuovo mondo.
                                                   ***

E essas palavras vieram da amiga, Rosiris Inglese, brasileira e poeta:

Do que nasce no azul - aquarela -2017
 

Rosiris Inglese
Que linda e criativa essa pintura! Quantos olhares! Quanta vida camuflada na natureza! Mãos que buscam agarrar o barqueiro e seus passageiros. Olhares sensuais, de ira ou de atenção. Um rosto de mulher ou apenas o verde se transformando e incorporando o lado sombra do ser humano ou seria o inverso? Talvez o lado sombra da natureza captando o humano? Essa obra nos convida a uma viagem .

                          ****
Gratidão, eterna, pelos olhares e incentivos, leituras e ecos. PS. As obras comentadas são essas: A bailarina, Caminhos de araucárias, Eva,
A mulher que sonha com o mar

A Bailarina - arte digital - 2017

A Mulher que sonha com o mar - aquarela -2019

                                                    Eva - aquarela - 2015

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Uma resenha do livro DESTINOS DESDOBRADOS de Tere Tavares pelo escritor Chico Lopes

 


Chico Lopes 


"QUANDO LEIO OS LIVROS DE TERE TAVARES...
...eu o faço sempre com um lápis ou caneta disponível para assinalar trechos que me agradam e outros que me parecem lampejos de verdades nem sempre codificáveis na primeira leitura. A autora vem se esmerando tanto na escrita quanto em suas pinturas (geralmente nas capas de seus livros) e isso pode ser constatado nesse novo DESTINOS DESDOBRADOS, pela editora Penalux.
A prosa de Tere me agrada porque não é exatamente narrativa, embora às vezes possa ter linearidade. Sente-se nela uma liberdade de dizer e sentir que nos lembra que a Literatura não precisa ficar estanque na classificação de gêneros. Essa prosa é poética, herdeira ainda que indireta de "Temporada no inferno", o clássico de Rimbaud poeta e de outro poeta que não fugiu da prosa, o Baudelaire "flaneur" por Paris.
Diz ela: "Escrevo, seja qual for a estação, porque sou uma eterna enamorada por palavras. Algo de mágico exala-se da paciência que não sei ter. Não se trata de pressa, mas de uma espécie de urgência na mente, a travessia do espanto que me exila da assoberbada lonjura do tempo, da injúria que tenta subtrair o Sol do meu rosto e, inglória, abate-se antes de atingir-me. Enfrento o terror da estrada coberta de perigos, o pasmo ante o silêncio sombrio da morte, o desmoronamento; é tão profundo mergulhar na alma que me reformula como se argila novíssima." Certamente, vemos aqui o mesmo lirismo desenfreado, a perplexidade existencial constante, de uma Clarice Lispector em "Um sopro de vida".
Compreendo bem Tere porque, além de pintor como ela, tenho escrito livros, como "Abraço dos cegos" em 2018 e agora, 2022, "Coração disperso", que se recusam a ficar classificados como prosa de ficção ou como um gênero previsível. Tere com frequência lembra o amor pela cor, além do amor pela palavra, em seus livros. "Movo-me, ave acolhida e cerzida pelo céu cinza-azul-bronze".

Por suas cores e suas palavras, eis um livro que recomendo.
"O amor é rebelde dentro da própria mansidão, é um pacto tácito com o transcendente, um sucumbir em resplandecências. Independe da vida, seja qual for a sua tragédia". (Página 17). Chico Lopes, em 04 de agosto de 2022




domingo, 17 de julho de 2022

OS MAIS BELOS POEMAS DA LITERATURA PARANAENSE ATUAL

PERMITO-ME APRESENTAR UMA SELEÇÃO QUE FIZ DOS MAIS BELOS POEMAS DA LITERATURA PARANAENSE ATUAL.

ESTRANHO
Seus relógios cujas têmporas já não são o que foram,
e ainda estão ali, pluviais,
ligadas pelos ossos irredutíveis do tempo,
esse mistério, arca insigne que o acolhe.
Sílaba a silaba,
o raiar de uma página sobre a saliva do peito
a soletrar e escorregar por dentro
a tentativa de uma visão maior que um olhar.
As narinas das tintas esperando o dedilhar dos pomares,
dardejando ocultamente, numa ternura que o chamará de pássaro ou dragão.
que por fim se fará, sendo a sua própria naturalidade obstinada, circunscrita num acervo recluso – acordar miseravelmente numa palavra que ainda tem memória e insônia, sentir o choro e guardá-lo numa poça perene – a laringe.
TERE TAVARES, insigne Poetisa, em seu poema “ESTRANHO”, nos encanta com as suas belas metáforas.

George Abrão em 19 de julho de 2022

Poema do livro "A linguagem dos pássaros" Editora Patuá, 2014 - Tere Tavares

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Texto de Tere Tavares com Fortuna Crítica

 


Aníbal
Quando a doce loucura de recolher-se o cinge, Aníbal vê-se navegando entre as páginas – fere-as com letras. Os joelhos dobrados: “na centralidade arrisco-me e escrevo ao gosto do que aprecio. Se me ocorrer a subtração desse direito, não haverá grandiosidade e a escrita sairá às avessas – o que poderá conferir-lhe uma beleza trivial, nunca uma beleza grandiosa. O branco, que é toda cor, deve fluir como flauta e como flecha”. Ele não entende nada de física nem de química. De imediato pensa naquele órgão submerso em seu mapa vascular, o não lugar e suas acústicas infalíveis, imaginando-se no infinito que o duplica, aplacados os olhos, como lenços imaturos que o fazem mergulhar continuamente. Porque os pequenos detalhes, normalmente, não são para todos os escribas.
É nesses momentos de harpa que Aníbal segura, no ânimo, a fisionomia inigualável de Rosália. Lembra-a sempre que atende ao seu chamado, no dia quente e imprevisto, ela, radiante num vestido de flores miúdas sobre um fundo negro, ou com outro vestido amarelo cádmio [assemelhado aos alucinantes matizes de Van Gogh], ambos de seda, escorregando nas sinuosidades do ambiente que, de algum modo, imagina eternizar, não querendo esperar como há de ser o que não pode ser. Dizer a ela que lhe arde a negação e, talvez, não decante nunca a retrospectiva que, dia a dia, fracassa na complexidade impensada e não prevista, até que se dissolva a música que não lhe sopra outro nome, outra grafia que não a de Rosália – brotação e bulbo. “Sinto-me um mero transeunte do Tempo –acho o Tempo uma invenção; chamaram a esse vácuo desconhecido de Tempo assim como chamaram Deus ao resto do vácuo que restou. Eu resisto a tudo. Menos à amada que, infelizmente, não é minha”.
Aníbal não perde de ver-se, mesmo depois de um longo e imotivado intervalo. Nada faz com que desmorone a construção que fez de Rosália. [não recorda qual foi o inaugural elemento de que se serviu para isso; e isso não o perturba, nem lhe importa]. Rosália ser-lhe-á, por toda a vida, a alma diurna e feliz de que jamais se apartará por sentir-se inteiramente composto dentro dela.
do livro 'A licitude dos olhos' Editora Penalux/2016/SP

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Fortuna Crítica

Stefania Rossi
Bellissimo connubio tra scritto e dipinto. I miei 
complimenti
 Tere.

Francisco da Cunha
Uma ficção na qual o que mais se salienta são as camadas subterrâneas da mente, do espírito ou de outro nome que o valha. A narrativa fundamente humana é impregnada do sopro poético. Poesia e ficção se confundem numa unidade formal-expressional. O estados da psique dos personagens lembram por vezes a estesia do Poético. Quase se poderia afirmar que a narrativa se nutre da tensão poética, do ritmo, da diafaneidade, da vaguidão onde o lugar por excelência se vai instalar na atmosfera indefinida dos estados d'alma. Na ficção de Tere Tavares, narrativa e poesia se dão as mãos. São indissociáveis e se dirigem aos páramos da própria interioridade da linguagem - centro por excelência da criação de mundos e formas da Realidade imaginada e convincente: desnudamento e sonhos.

Guida Luis
Simplesmente lindo, amiguinha Tere, um texto pleno de requinte, de belíssimos adjetivos e todas as palavras de uma intensidade fascinante! O meu grande aplauso amiguinha Tere, amei este excerto.

Marinella Dina

Eccomi. Come sempre incantata dai tuoi scritti. Ma quanta profondità!!! Tutta una serie infinita di metafore, di sensazioni, di rimandi filosofici. Insomma. Non è solo un racconto di un racconto ma è un uragano che vortica attorno a Annibale e Rosalia e ognuno di noi si ritrova in questi due perchè chi non ha mai pensato ." Mi sento come un semplice passante del tempo - trovo il tempo un'invenzione; chiamarono questo vuoto sconosciuto di tempo proprio come chiamarono Dio il resto del vuoto rimasto. Io resisto a tutto Meno l'amata che purtroppo non è mia ".E allora ecco che Annibale si fa vivo, reale davanti a noi e Rosalia eterea, irraggiungibile, Musa sua irraggiungibile. Non si distingue più prosa dalla poesia. Perchè quando la prosa è poetica è la prosa AL MEGLIO.

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Os meus profundos agradecimentos a esses leitores e leitoras.

sábado, 9 de julho de 2022

Tere Tavares Na Germina - Revista de Literatura e Arte


Honrada por estar nessa edição!
Obrigada, muitíssimo, pela oportunidade, Adelaide Do Julinho e Mariza Lourenço. A Germina é eterna casa da Literatura e da Arte. Cada edição revela o cuidado e o primor do que Germina! Gratidão!
"Germina: junho, N 2 - 2022: a esperança [equilibrista] tarda, mas não falha". Links para leitura, abaixo:

https://www.germinaliteratura.com.br/revista.htm

 https://www.germinaliteratura.com.br/2022/contoecronica-junho22-teretavares-tres-contos.htm

terça-feira, 5 de julho de 2022

Espessas camadas de sonho

Espessas camadas de sonho

Estava absorto. Conduzia-se a um jardim desconhecido. Atrás de si restavam enormes árvores silvestres. Folhas multicores que lembravam quadros impressionistas formavam um macio tapete ao longo do caminho. Ele apoiava o pensamento na carta que trazia entre as mãos. Aproveitava a distração para falar consigo mesmo lucidamente o momento sinfônico que o seguia sem o risco de ser confundido por liberar suas orquestras. Enquanto fervilhava em suas pausas, definia o próprio resumo num teatro que estaria necessitando de ajuda ou julgamento, sendo justo como um engenheiro do rumo que, estranhamente, também o conhecia. E seus pensamentos umedecidos, mansos como as plumas, anteviam a alvorada suave que se desprendia da paisagem. E sua cor de estar inquieto, similar ao seu tempo de sonoras subdivisões, se instalava tão inebriante como quando ouvia: “vai passar, ter um lugar é anormal, o irremediável tem seu próprio remédio”.
Caminhava em cada degrau, o fecho, o revés, o grão – sem hesitar. Outrora alguém o vira entre os doutores do comportamento da rua das abóbadas – o velho herói louco o bastante para supor tratável a loucura. Então se deparava com seu estrito artefato: “O melhor lugar é ainda o mesmo lugar. Quem não lembra do sonho que tanto liberta quanto aprisiona, da coerência do sonho vão de um saltimbanco? Alimento a minha arte – as palavras, vou levando-as, e elas, lavando-me – como a realidade do sonho. Terei de novo tempo para suplantar a superfície, a minha. O bom amigo não costuma sofrer com fragmentações da personalidade – o cachorro. Ser poeta é ser mais humanamente cão”.
Porém, tudo aquilo que talvez viesse servir a muitos, era serena construção de quem andava solitariamente. E ele se alegrava com a imensidão de não se fazer acompanhar por ninguém. E novamente monologava repetindo em tom isento e profundo: “Ferem muito, o amor e a morte. Se não amo morro de não amar. E se não morro, vivo de não morrer. Na dúvida não há certeza, a não ser, a certeza de existir a dúvida. Mesmo que eu possa não seguir digo sempre algo para as muitas vezes em que me encontro indócil e, em tal intensidade me esqueço, que todo o existir exulta de ser-me. Felizmente, há vários tipos de happy end.”
Mesmo não havendo uma estação que ele identificasse como parte do seu pequeno espaço, um lugar que a cada instante não olvidasse a intenção lúdica da magia com que fora agraciado, prosseguia em meio à leveza das esperanças. E naquele mesmo dia, finalmente, e antes que, entregava no destino certo a carta e um esguio cálice de acácias – a sua preciosa aspiração de não se desiludir.
Do livro “Meus Outros” (2007) by Tere Tavares
______________________________________________ Fortunas crítica via facebook: Giovanni Francomacaro
Sei una bravissima scrittrice e una bravissima fotografa! 
Complimenti
!
                                             ***
Marinella Dina
Ma quanto è profonda questa tua introspezione accorata. Quanto ci dice dell'essere umano, quanto si scinde in sapienza e poesia che unite insieme formano un pensiero che vola libero tra le righe non si lascia imprigionare. Quanta bellezza Tere. Enormemente grata per il susseguirsi di pensieri che come una collana mi porterò appresso tutto il giorno. Ne ammiro talmente taluni che copio e incollo e posto perchè li ho fatti anche miei.

Testo di Tere Tavares:
"Nutro la mia arte – le parole, le prendo, e loro, mi lavano – come la realtà del sogno. Avrò di nuovo tempo per superare la superficie, la mia. Il buon amico di solito non soffre di frammentazioni della personalità – il cane. Essere poeta significa essere più umanamente cane”.
In poche parole la nostra amica ci spiega che il poeta è carne viva, è devozione alla vita, all'amore e quando occorre sa rimanere, anche quando la tavola è vuota e il padrone distratto. E' lo stato puro delle cose. Andare al fondo delle cose (superare la superficie) ha un costo: il rendersi vulnerabili. Il poeta si purifica nelle parole, come il sogno fa alla nostra mente, la sua fonte di ispirazione è il subconscio. C'è sempre in ciò che scrive Tere una saggezza profonda, poeticamente espressa. Tere è una vestale della natura. Anche della natura umana! Grazie.
                                                              ***
Severina Etelvina Silva
Os escritos da Tere Tavares são de uma beleza singular. É possível perceber a interação dela com a natureza, é como se ela e a natureza se conectassem e se fizessem um.
                                                             ***
Raquel Gallego
La belleza de la naturaleza a manos llenas.Gracias.
                                         ***

Guida Luis
Como eu gostei de ler este excerto, muito singular, consegui transportar-me àquele lugar tão bonito, como num sonho e apesar de sermos feridos na vida, por alguns acontecimentos menos bons, algo me dizia que nunca devia perder a esperança!
                                         ***

Marcio Sales Saraiva
Coisa linda
                                       ***
Teresa Cristina
Tere Tavares você tem fina sintonia com o indizível! Um primor que aquece a alma.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Fortuna crítica e leituras de livros de Tere Tavares


Leitura, em vídeo, de poema do livro "A linguagem dos pássaros"  Tere Tavares, Patuá, 2014, por 

Ana Lídia Nolasco.          



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Carlos Laet G de Oliveira
Tere Tavares o teu livro "Flor Essência" - costumo garimpar autores por todos os cantos, e em 2010 me deparei com sua obra. Uma linguagem cativante e cheia de minúcias idílicas, além de muito inspiradora para a minha criatividade também na literatura. É uma fonte especial da qual bebo com prazer sua essência.
                                                                  
                                                                                *****
                                                                          




Icedlav Adiemla
Tere Tavares, grande poeta, escritora e artista plástica. Eu tive a honra de poder conhecer as suas obras de perto ao ler os seus livros: "Destinos desdobrados" e "Meus outros"... percebi o quanto essa criativa artista merece destaque no meio literário. 
Parabéns


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Para adquirir um exemplar de qualquer um dos meus livros, basta buscar no site da Editora Patuá, SP ou Editora Penalux, SP, ou diretamente com a autora Tere Tavares pelo e-mail t.teretavares@gmail.com  ou ainda pelo facebook https://www.facebook.com/tere.tavares.1 via mensagem/ messenger.

Minha gratidão a esses leitores e leitoras que me honram com leituras e fazem parte de minha caminhada de letras e escritas.

Tere Tavares

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Resenha do livro Destinos desdobrados, de Tere Tavares por Maria Olinda Rodrigues

 

Por Maria Olinda Rodrigues,  uma leitura do meu livro de contos

Destinos desdobrados, publicado em 2021, Penalux, SP:

 

"Para a escritora Tere Tavares

Livro: Destinos Desdobrados

Que mistério é esse que permeia a prosa de Tere Tavares? As palavras me tocam e dançam em minha mente, impressionam-me e volatizam- se. Leio de novo e novos significados consigo apreender. Sinto-me golpeada pelas palavras o pelo fluxo ininterrupto de sua consciência.

Para mim, esse mistério é dom criativo, além de minhas possibilidades de compreendê-lo. Mas, desfruto da leitura e posso sentir reações emocionais e sensoriais.

Destinos Desdobrados não é um livro para ser devorado apressadamente. Ainda não terminei sua leitura.

Longinquamente, posso entender algo maior do que as palavras lidas. A obra artística de Tere se traduz em cores e formas, como em sua pintura.

Sinto-me golpeada, sem defini-la.

É surreal, nascida das profundezas da alma que perscruta o mundo, os seres e vê neles a sua complexidade, incoerências, sonhos, vitórias e derrotas. Tocada pela graça da arte que cultiva, transforma tudo em palavras.

Sua mente privilegiada pelas artes, expressa um mundo profundamente belo embora desigual e marcado por dores e sofrimentos.

Parabenizo sua obra, Tere Tavares”.

Maria Olinda Rodrigues, Itapeva, SP.

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Meus agradecimentos, Maria Olinda Rodrigues, pela leitura e incentivo.