domingo, 27 de janeiro de 2013

Indivíduo

Indivíduo
 
Explora a estação de trens numa ponta ambulante feita de memórias durante os anos menos escuros e mais comoventes – uma vida alheia sem ser aleatória – resgata as comunicações do silêncio e do naufrágio a água do ímpeto.
 
Tomado por uma introspecção retrospectiva, procura explicações para a arquitetura dos capitais – não dos pecados, nem das faltas, nem das expiações. Coleta pesquisas de outros materiais que por ventura o ajudem a perguntar menos das suas andanças. Subitamente expulso do próprio âmago vê-se a navegar num pós-guerra.
 
Histórias comoventes, verdadeiras e inventadas, convertem-no numa cifra sem fixação, batalha napoleônica que lhe dá ordem às catástrofes já convertidas em vida - a odisséia de alguém que renegou a negação. De um fôlego. Sôfrego.

Foto- Tere Tavares