terça-feira, 19 de abril de 2022

Fortunas críticas de um texto do livro Diário dos Inícios - de Tere Tavares

O texto que posto aqui, foi escrito em 2020, publicado no Museu da Língua Portuguesa em Outubro de 2020 e no livro "Diário dos inícios", Metanoia Editora, Selo Mundo Contemporâneo Edições, 2021, autora Tere Tavares.

Nas arquiteturas do tempo, nada é definitivo. Nem mesmo a morte.
Vigio o ar que me espera lá fora. Onde tudo é ameaça, desespero, angústia. Ultrapasso as horas, as extremas demoras. Permaneço movendo-me na sacralidade, na meditação cadenciada e inclemente. Leio, escrevo para reordenar a fala e silenciar o receio. A pergunta é um até quando. Que dia, que noite trará a frieza do ir-se ou a tepidez de um ninho para continuar vivendo?
Saio de casa somente para o estritamente necessário, com os aparatos de defesa, se é que isso é possível. Vejo pessoas amedrontadas, suspeitosas, como se fosse anormal encorajar-se a pôr os pés na rua. Resisto. Minha intenção em ver como tudo isso está afetando a cada um, ao Mundo, me faz persistir. Não me renderei, exceto que Deus me recolha. A minha trégua será sempre a Arte – nunca perder a linha que tece os sonhos. Prosseguir, sem olhar para trás. Só assim valerá a pena ter nascido e estar nessa Terra.
Original publicado no Museu da Língua Portuguesa,
Projeto :"A PALAVRA NO AGORA".




https://noagora.museudalinguaportuguesa.org.br/tere-tavares-4/
 


Fortuna critica de Ornella Dina Mariani, Itália

Marinella Dina
Il tuo è un bellissimo, lirico, messaggio di RESISTENZA cara Tere, il mondo è in preda alla paura. Leggo con sgomento i dati delle vittime giornaliere, da te in Brasile è un parossismo. Abbraccio forte a tutti perchè ne usciate vivi, più agguerriti di prima. Anche dopo la ripresa fisica ci sarà bisogno della ripresa psicologica e come dici bene tu, Tere, l'Arte è salvifica. Basiamo la vita sull'amore, l'Arte e la filosofia. Gli unici modi per vivere degnamente. l'Arte di vivere.

Fortuna crítica de Carlos Ricardo Soares, PT
Carlos Ricardo Soares
Houve um tempo em que a arte era a minha possibilidade de admirar a forma que a acção humana dava aos pensamentos, aos sentimentos, aos sentidos e à falta deles. Depois vi nisso a minha possibilidade de me revelar e depois ainda vi nessa possibilidade um modo de ser e de estar num universo de linguagens em que a maior parte daquilo que é significativo está traduzido. Fosse para entender os outros, fosse para me fazer entender, ainda que aos amigos imaginários, a arte era e continua a ser insubstituível, tanto ou mais do que o braile será para os cegos.

Fortuna crítica de Faty M Caetano, SP
Faty M Caetano
Lembrou Lispector, densidade poética literalmente escrita com coração ...arte é vida e você cara Tere Tavares , possui dons das maravilhas da escrita e da pintura, bem haja, paz e luz, com Deus e em Deus!

Fortuna crítica de Patrícia Claudine Hoffmann, SC
Patrícia Claudine Hoffmann
Que forte e bela publicação! Tua palavra nos adentra pelos poros. Da alma. Um beijo! Arte sempre! Gratidão!

Fortuna crítica de Francisco da Cunha e Silva Filho, RJ
Francisco Da Cunha
QUE ASSIM SEJA, QUERIDA ESCRITORA TERE TAVARES. É EXATAMENTE NESSAS REFLEXÕES OPORTUNAS AO MOMENTO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO QUE A VOZ DE UMA ESCRITORA SE TORNA MAIS PREMENTE. TODO ESCRITOR É, DE ALGUMA FORMA, UM COMPROMETIDO COM O ESTADO SOCIAL E POLÍTICO EM ESCALA ATÉ MUNDIAL. O QUE V. DIZ E BEM NESTE TEXTO PUBLICADO NO "MUSEU DE LÍNGUA PORTUGUESA" É UMA IMAGEM SUBJETIVA (PORQUE LITERRÁIA) E OBJETEIVA (PORQUE É UM CONSTATAÇÃO REAL) - POR QUE NÃO AMBAS? DE UM MAL-ESTAR QUE OS QUE ESCREVEM CRIADORAMENTE SENTEM MAIS PROFUNDAMENTE NA PELE, NA VIDA, NO ESPÍRITO OU NA ESFERA FILOSÓFICA. RESISTIR É O LEMA DO ESCRITOR DIANTE DAS PERVERSIDADES QUE, DIA A DIA, VIVENCIAMOS EM NOSSO PAÍS E PELO MUNDO AFORA. A SUA PALAVRA, TERE, TEM SIGNFICANTE E SIGNFICADO. É UMA PALAVRA INTEIRIÇA: RESUMO DO MUNDO E DAS IDEIAS.

______________________________________________________

Deixo tributada minha gratidão a esses(as) queridos(as) leitores(as), que, num dia a dia repleto de afazeres, me honram com suas leituras e feedbacks. Um fraterno abraço a vós. 

domingo, 10 de abril de 2022

Entre as Águas - Um livro de Tere Tavares

 


"Para que nomes?* Eram palavras e dançavam!

Comecei o sábado lendo, Tere Tavares. O livro "Entre as águas" me fez lembrar, pelo contraste, "Todos os nomes", do Saramago: são pequenos contos em que os personagens têm tudo, menos nomes.
Dando "livre" vazão a devaneios d'alma e reminiscências, a autora nos conduz para os labirintos dos sentimentos e pensamentos e, tal qual Penélope, teima em tecer e desmanchar (ou suspender) nossas expectativas ao passar de um a outro tema. Estes são inúmeros, intrincados. Do conjunto, em minha leitura, sobressaí uma busca, quase ansiosa, de suturar, no texto e pelo texto, fendas-feridas, desligamentos. Talvez, por isso, são quase religiosos, no sentido profano da PALAVRA.
* "Para que nomes? Era azul e voava!" (Mário Quintana)
Por Luciano Mendes.
Professor Doutor em Educação e
História da Educação da UFMG Escritor e autor de diversos livros publicados.
Honrada e agradecida pelo feedback, Luciano Mendes. O livro "Entre as águas", - contos, foi publicado em 2011 e continua atual, trazendo-me novas perspectivas de um escrever que ainda me surpreende.
"Entre as águas", ou fora delas, em solo fértil! Semeadura!
Exemplares com a autora.

sexta-feira, 4 de março de 2022

RESENHA DOS LIVROS: DESTINOS DESDOBRADOS E DIÁRIO DOS INÍCIOS DE TERE TAVARES por Luciano Mendes

Destinos desdobrados - contos - 2021- Editora Penalux, SP - Tere Tavares
https://www.editorapenalux.com.br/loja/destinos-desdobrados 

Diário dos inícios - poesia/ensaio- 2021- Metanoia Editora, RJ- Selo Mundo Contemporâneo Edições - Tere Tavares
https://loja.metanoiaeditora.com/lancamentos/diario-dos-inicios


A escrita dos femininos!

"Quero escrever para que o deserto não consuma os meus olhos".
Nos últimos dias estive em companhia da escritora, poeta e ensaísta Tere Tavares. Foram momentos muito intensos, ás vezes aconchegantes, outros momentos dilacerantes.
Outro dia, ao comentar um livro do Chico Lopes eu dizia que toda leitura é uma inter-leitura ou entreleitura... Não foi diferente a leitura dos livros da Tere Tavares. Em cada pequeno conto ou, mesmo, em vários aforismos em que ela trabalha, me lembrei de outros livros, textos, contos... que me atravessaram. De Maurice Blanchot a Elisabeth Badinter, sem falar em muitas colegas que habitam este grupo, um tantão de gente me passou pela cabeça.
Quero falar de algo que, a meu ver, atravessa de ponta a ponta os dois livros que tive o prazer de ler: a tensão e o tesão da escrita e as possibilidades de tradução dos femininos, e na escrita feminina, em sua forma literária.
São inúmeras as passagens em que há uma inscrição, na própria escrita, dos desafios de escrever e, vencidos estes, dos prazeres e das liberdades que acompanham (ou significam) essa conquista. "Vencidos estes" é, evidentemente, uma forma de dizer da "coisa", de palavrear algo que é tão efêmero quanto tenaz: a escrita, na escrita de Tere Tavares, nunca é passada/passado, é sempre um trânsito, um escrevendo-se/inscrevendo-se o/no texto.
Há que se escrever para se elaborar a experiência de ser/estar mulher no mundo, assim como há que se escrever para capturar o universal e o único que habita em cada qual. A este respeito, a escrita, conforme lá entendi, é tão necessária como insuficiente. Potência/impotência habitam o mesmo espaço: "a poesia é uma dor que ri" e "escrever é-me alimento à frente da duríssima aflição de cumprir os dias, de permanecer heterônima para unir a humanidade num mesmo mundo", diz ela.
Ao terminar de ler os livros, fiquei pensando se há, na literatura brasileira, uma reflexibilidade assim, tão forte, sobre a escrita, por parte dos masculinos que habitam o universo literário.

Luciano Mendes Professor Doutor em Educação e
História da Educação da UFMG Escritor e autor de diversos livros publicados

************************************************************** Os livros de Tere Tavares podem ser adquiridos diretamente com a autora via e-mail: t.teretavares@gamil.com
https://www.facebook.com/tere.tavares.1/

************************************************************** Grata e honrada pela leitura e resenha, Luciano Mendes.

TERE TAVARES - DESTAQUE NA LITERATURA E ARTES VISUAIS DO PARANÁ

DESDE 22/10 O POETA DANIEL MAURICIO E SEU IRMÃO GEORGE ABRÃO, ESTÃO PUBLICANDO BIOGRAFIAS DE PESSOAS QUE SE DESTACAM E/OU SE DESTACARAM NAS ARTES PLÁSTICAS E NA LITERATURA NO PARANÁ.

TERE TAVARES – ARTISTA VISUAL E ESCRITORA EM VERSOS E PROSA.
Tere Tavares nasceu em São Valentim/RS e reside em Cascavel/PR.
É escritora e pintora.
LIVROS PUBLICADOS
Tere é autora de onze livros publicados: “Flor Essência” (poesia 2004); “Meus Outros” (poesia 2007); “Entre as Águas” (contos 2011); “A linguagem dos Pássaros” (poesia 2014), “Vozes & Recortes” (contos 2015); “A licitude dos olhos” (contos 2016); “Na ternura das horas” (ensaios 2017); “Campos errantes” (contos 2018); “Folhas dos dias”, e-book, (Ensaios 2020); “Destinos desdobrados” (contos 2021); “Diário dos inícios” (poesia 2021).
Integra várias Antologias e Coletâneas, no Brasil e no Exterior. Conta com vasto material publicado em revistas eletrônicas no Brasil e no Exterior.
Participou de cinco coletâneas - categoria contos - editadas em Portugal: "A arte pela escrita III" (2010); "Cartas ao Desbarato" (2011); "A arte pela escrita IV" (2011); “A arte pela Escrita VIII” (2015); e “A arte pela escrita IX” (2016).
Consta com trabalhos de prosa e poesia nas “Antologias Febraban” (2007) e (2009) conto e poesia premiados.
Integra as Antologias: “Saciedade dos Poetas Vivos” Vol 11 (2010) em “Blocos onLine”; “Contologia” da Revista “Arraia PajeurBR” 4, (2013); “Antologia Poética 29 de abril o Verso da Violência" (2015)”; “Sobre lagartas e borboletas” (2015); “Aquafúria - Uma antologia de Poetas Sedentos" (2015); “Diversos –Poesia e Tradução- (2016); I Antologia Digital de poesia “Porque somos Mulheres” da Revista Ser MulherArte (2020); Antologia Selo Off Flip 2020; “Parem as Máquinas”, Conto, Poesia e Crônica, Antologia Selo Off Flip 2021; Conto, Poesia e Crônica.
Conta com trabalhos publicados na Internet: “Cronópios”; “Histórias Possíveis”; “Blocos on line”; “Musa Rara”; “Diversos Afins”; “Germina – Revista de Literatura e Arte”; “Escritoras Suicidas”; “Mallarmargens – Revista de poesia e arte contemporânea”; Revistas “Fénix-Logos”- PT e “EisFluências”- PT; Revista “Soletras” de Moçambique; Revista “Vitabreve” – Revista de Arte e Cultura; “Acrobata”; “Amaité Poesia & Cia”; “Fotos e Grafias”; “Escrita Droide”; “Quatatê: Página Brasileira de Poesia do mundo”; “Revista Ser MulherArte”; “ Ruído Manifesto”; “Revista Cultura-e”; “Jornal Relevo – Impresso”; “Recanto do Poeta – ICASAA”.
Foi convidada em 2018 para dar entrevista ao “Como eu escrevo”, e, em 2020 para o “Café Pós-moderno” da “OBVIOUS”, sediada em Portugal, PT.
Em 2020, teve diversos textos publicados no MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA: Projeto “A Palavra no agora”, 2020.
Participa do portal lusófono litero-artístico “EscrtArtes”.
Integra a Academia Cascavelense de Letras, cadeira 26, patrono Tulio Vargas.
PREMIAÇÕES EM LITERATURA
Em 2020 Recebeu premiação pelo Edital “Arte em toda parte”, Secretaria Municipal de Cultura de Cascavel, PR, com os livros “Campos errantes”, contos, 2018 e “Folhas dos dias”, ensaios, 2020. Em 2021 Recebeu o “Prêmio de Reconhecimento Cultural” pela sua trajetória Literária, pela Secretaria Municipal de Cultura de Cascavel/PR.
ARTES PLÁSTICAS
Mostras Individuais
1) “Passos”, 2006, SESC CASCAVEL. 2) “Passos”, 2006, Biblioteca Unioeste - Campus Cascavel. 3) “Exposição 2007” Anfiteatro UNIOESTE, Cascavel, PR. 4) Exposição Poesia e Desenho 2008 semana da Mulher, JL Shopping. 5) “Mar és”, 2010 Centro Cultural Gilberto Mayer.
Mostras Coletivas:
2007: 1) XVII Salão Internacional de Artes Plásticas do Proyecto Cultural SUR/Brasil/ Bento Gonçalves/RS. 2) 7ª Coletiva AAPLAC MAC, Cascavel, PR. 3) “Artes Sacras”, Centro Cultural Gilberto Mayer.
2008: 1) Exposição AAPLAC e JL Shopping. 2) 8ª Coletiva AAPLAC “Sou Cascavel” MAC Cascavel, PR.
2009: 1) I Arte Movimento JL Shopping. 2) I VIVARTE, Praça Wilson Jofre
Cascavel/ PR.
2010: 1) Ponto de Cultura AAPLAC e UNIOESTE. 2) 9ª Coletiva AAPLAC- MAC, Cascavel, PR 3) Coletiva Erechim/RS 2010.
2012: 1) “Cascavel Mostra sua Arte” - MAC Cascavel.
2017: 1) “ MOSTRA PRIMEIRA PANORAMA DAS ARTES VISUAIS DE CASCAVEL” MAC Cascavel.
2018: 1) “MOSTRA SEGUNDA PANORAMA DAS ARTES VISUAIS DE CASCAVEL”, MAC Cascavel/ PR.2) EXPOSIÇÃO DE ARTES ALUSIVA AO 30º ANIVERSÁRIO DO 15 Batalhão logístico Militar de Cascavel em outubro de 2018. 2019: “MOSTRA TERCEIRA PANORAMA DAS ARTES VISUAS DE CASCAVEL, MAC Cascavel/PR.
2020: MOSTRA QUARTA PANORAMA DAS ARTES VISUAIS DE CASCAVEL, MAC Cascavel/PR. 2020.
2021: 1) MOSTRA “A ARTE ESTÁ NO AR”, Aeroporto Municipal de Cascavel/PR de dezembro de 2020 a abril de 2021. 2) MOSTRA “EXPOSIÇÕES SIMLUTÃNEAS” – MUSEU DE ARTES CASCAVEL. 3) MOSTRA Primeira Mostra Coletivo Virtual - uma homenagem ao dia Internacional da Mulher "Senhora Secreta- Um olhar para as estrelas", Curadoria de Vera Itajaí – ICASAA – Galeria de Arte Contemporânea de Curitiba/PR, de Março de 2021 à Fevereiro de 2022. Junto a essa exposição juntou-se o texto “Marina” do livro “Entre as águas”, contos, 2011. 4) EXPOSIÇÃO DE FOTOARTE ‘FRONTEIRAS DA SURREALIDADE’ ICASSA- Galeria de Arte Contemporânea, de Maio de 2021 à Maio de 2022. 5) EXPOSIÇÃO COLETIVO SELF-PORTRAIT ‘EU SOU ASSIM’ – ICASSA – Galeria de Arte Contemporânea, de Julho de 2021 à Junho 2022. 6) EXPOSIÇÃO PANORAMA DAS ARTES VISUAIS QUINTA EDIÇÃO, MAC, CASCAVEL PR de Outubro de 2021 à Novembro de 2021
Ilustrações: Revista: 1) “MININAS” Belo Horizonte, MG,2007. Livros: 1) “Flor Essência”. 2004. 2) “Meus Outros” 2007. 3) “Entre as Águas” 2011. 4) “A licitude
dos olhos” 2016. 5) “Na ternura das horas” 2017. 6). “Campos errantes” 2018. 7) ”Folhas dos dias” 2020. “Destinos desdobrados” 2021. 9) “Diário dos inícios 2021.
Premiação: Edital Arte em toda parte- Lei Aldir Blanc – 2020- SECESP- Cascavel, PR Trabalho: Arte digital – Buquê de flores – Impressão em Canvas 85x 65 cm 2020. https://www.facebook.com/groups/255654382637601/posts/490332242503146/




sábado, 12 de fevereiro de 2022

Destinos desdobrados, um livro de Tere Tavares e uma leitura

 

O escritor Perce Polegatto assim se manifestou sobre o livro "Destinos desdobrados", contos, Editora Penalux, SP, 2021, de Tere Tavares:

"Uma escritora que já conheço e admiro. Acabo de receber seu mais novo trabalho, “Destinos desdobrados”. Leitura que promete: qualidade, inteligência, sensibilidade... – ou percepções singulares de uma realidade que nos escapa.
Muito obrigado, Tere Tavares, pelo livro e pela dedicatória carinhosa". A gratidão é minha, caro leitor e escritor Perce Polegatto, cujas obras são de altíssima qualidade.


Onde encontrar Tere Tavares?

Facebook, clique aqui.

E-mail: t.teretavares@gmail.com.br

Site pessoal, clique aqui.

Seus livros:

Na Editora Penalux, clique aqui.

Na Editora Patuá, clique aqui.

Os livros que não constam nesses catálogos podem ser adquiridos diretamente com a Tere Tavares. Basta solicitar via e-mail ou pelo seu facebook.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Poema do livro Diário dos inícios, de Tere Tavares




Esse poema integra, entre outros, em segunda edição, o livro "Diário dos inícios", Metanoia Editora, poesia, Selo Mundo Contemporâneo Edições, RJ - 2021. 

Urdidura

Quando as flores pousam na janela
e nas folhas que me afagam os olhos
as mãos
a alma
Quando o detalhe me faz mergulhar
dobrar o dorso e repousar nas palavras
a luz não obscurece ainda que eu me esqueça da realidade
Ainda que não exista nada lá fora
Aqui há plenitude.

******************************************************************************
Fortuna crítica do escritor, professor e crítico literário Francisco da Cunha e Silva Filho, vai abaixo transcrita:

Francisco Da Cunha

NO POEMA EM EXAME PREDOMINA A INTENSIDADE SUBJETIVA, ASSIM COMO SUAVIDADE PURA DE UM LIRISMO DE FUNDO SIMBÓLICO, NO QUAL O SENTIDO DA PEÇA LÍRICA SÓ PODE SER APREENSÍVEL PELA PERCEPÇÃO DE UM ESTADO, DA PARTE DO LEITOR, DEPREENDER A ALMA DA POESIA AQUI INFUNDIDA SOB O DOMÍNIO DA SUBJETVIDADE, DADO INEFÁVEL DO SER POÉTICO. O SENTIDO DA IMATERIALIDADE SE PODERIA VERIFICAR QUANDO O LEITOR ENTRA EM SINTONIA COM O TEXTO LÍRICO E SENDO CAPAZ DE AFIRMAR A SI MESMO QUE SE ENCONTRA DENTRO DE UM POEMA FEITO E BEM ELABORADO, OS SIGNOS POÉTICOS PLENIFICA-SE GRAÇAS AO NÍVEL ELEVADO DAS SENSIBILIDADE DO SUJEITO LÍRICO, DA INDEFINIÇÃO, DAS SUGESTÕES PROPICIADAS PELO EIXO SINTAGMÁTAICO EM CONJUNÇÃO COM O O EIXO PARADIGMÁTICO, OU SEJA, COM O CONJUNTO DE PALAVARAS DESPERTANDO O ESTRANHAMENTO, FATO DETEMRIANTE DA TRANSFORMAÇÃO DO DISCURSO IFORMATOVO EM DISCUROS LÍRICO. "URDIIDURA" , TENDO ESSES TRAÇOS DISTINTIVOS E DIFERENCIADORES DO MERAMENTE ENUNCNCIADO SINTÁTICO, INFORMACIONAL, É O SALTO PARA O ARTÍSTICO E, PORTATO, O ESTÉTICO. FRANCISCO DA CUNHA E SILVA FILHO Pós-Doutor em Literatura Comparada (UFRJ). Doutor em Letras Vernáculas (Literatura Brasileira, UFRJ). Mestre em Literatura Brasileira (UFRJ).

************************************************

Adquira seu exemplar no site da Editora: https://loja.metanoiaeditora.com/lancamentos/diario-dos-inicios?fbclid=IwAR2eodbC6NT1hhpXZAByNDoHzFWjrn1ncI7dDtX2frqglsFhG07GKpe52iY

Imenso Obrigada.

Texto de Tere Tavares do livro Destinos desdobrados publicado na Revista InComunidade, PT




Agradecimentos à Revista InComunidade, PT, pela honrosa publicação de um dos contos "Deméter" do meu recente livro "Destinos Desdobrados", Penalux, SP -2021.

Falo da Mulher e suas aspirações e inspirações, lutas e venturas.
Há alguma beleza e é para ser vívida, qual canto a ser ouvido pelo mundo inteiro, para além da barbárie.
Boa leitura!.
Deméter
Conjuga as flores e salta de onde estás. Restarás como a folha asfixiada na cor escorreita do fluxo outonal, na dormência aparente do tempo. A morte inclinada para uma aliança que virá em breve. Outra e outra vez, nos mistérios das estações. Perséfone.
As mulheres, dilatadas em suas inimagináveis variações, guardam dentro de si a matéria que, inevitavelmente, repassarão à existência que biografará suas relações com toda a humanidade – como quem estuda as descobertas pela observação conjunta e o permanente questionamento que se depara com a instrumentação espiritual e corpórea, com a disciplina de evanescer a ignorância e reduzi-la. Sobre que extensão se encontra o que perpassa a intrincada floresta dos sentimentos femininos? Há que perscrutar, na aparência e na profunda submersão, razões que as expliquem ao além limite das críticas pecaminosas.
Olhar demoradamente para as portas que não se tornam descendências, para o avesso das sombras onde as mulheres salvam suas intermináveis histórias, como se diagramas de páginas sagradas, inclusos os ornamentos com que brincam suas crianças, quando elas assumem carregá-las com o zelo dos anjos invencíveis feito mergulhos e voos culminados num mesmo encontro. Ser mãe é esquecer-se dos lenços. Sequer aparar as lágrimas. Mulheres provadas e provedoras ademais de todas as tiranias, das tácitas renúncias por tolos reinados e todos os apócrifos grifos, pseudoparaísos e fidalguias, bravuras apagadas nos acontecimentos sucessivos, desvendados e amplificados nas execráveis adjetivações que as vitimam para subjugá-las. Que harpas e harpias elas necessitam tornar-se, que fenecimento se oculta em cada revelado salto rumo às encostas abissais, às cercanias inusitadas, sem pasmo algum.
Nada do que se percebe é simples. Que felicidade, que riqueza é estender-se como sobrevivência, apesar de todos os pesos; a consciência é a fonte engenhosa da inesgotável generosidade que possuem de amar com o que é tangível, serem extremadas, verdadeiras e dignas sem almejar posteridade, pois conhecem a brevíssima memória do que são e representam. Dessas múltiplas guerreiras, nunca se saberá o quanto se fizeram boas e belas, o quanto foram treinadas para se livrarem de toda má didática e permanecerem ferozmente vivas e férteis, por amarem à grande mãe Terra como extensão de suas próprias almas.


Fortuna Crítica por

Marinella Dina (Ornella Dina Mariani), Itália, que, gentilmente, fez a tradução ao italiano do segundo e do último parágrafos do conto. Aqui está:


Tere Tavares mi ha postato un suo pezzo e non posso non tradurlo e riproporlo qui. E' intrigante, poetico, raffinato. Una meraviglia. Non faccio che ripeterlo. Qui su FB ci sono autori e autrici di vastissimo talento. Eccovelo:

"Le donne, dilatate nelle loro variazioni inimmaginabili, custodiscono in sé la materia che, inevitabilmente, passerà all'esistenza che biograferà i loro rapporti con l'intera umanità - come chi studia le scoperte attraverso l'osservazione congiunta e l'interrogativo permanente che si trova di fronte alla strumentazione spirituale .e corporeo, con la disciplina di far scomparire l'ignoranza e ridurla. Fino a che punto è ciò che scorre attraverso l'intricata foresta dei sentimenti femminili? Occorre scrutare, nell'apparenza e nel profondo sommerso, ragioni che le spieghino oltre il limite della critica peccaminosa. Niente che vedi è semplice. Che felicità, che ricchezza è estendersi come sopravvivenza, nonostante tutti i pesi; la coscienza è la fonte ingegnosa dell'inesauribile generosità che devono amare con ciò che è tangibile, essere estremi, veri e degni senza mirare alla posterità, perché conoscono il ricordo più breve di ciò che sono e rappresentano. Di questi molteplici guerrieri, non saprai mai quanto sono diventati buoni e belli, quanto sono stati addestrati a sbarazzarsi di tutta la cattiva didattica e rimanere ferocemente vivi e fertili, per amare la grande madre Terra come un'estensione delle proprie anime." Tere Tavares

Obrigada de coração. Grazie di cuore!