Perce Polegatto:
Terminei “Entre as águas”, de Tere Tavares, e me sinto grato por ter
conhecido uma obra de tal acabamento e qualidade. É um grande exercício de
prosa poética (não confundir com poema em prosa), em que a autora revela, em
menções pontuadas, sua cultura, seu conhecimento intelectual, o que parece não
afetar sua sensibilidade intuitiva. Todos os textos são bem elaborados e bem
acabados. Não são narrativas como as que conhecemos vulgarmente, são impressões,
insinuações, sugestões de que, até mesmo quando nada acontece, o olhar
observador de uma deusa passeia sobre todos os elementos. Difícil destacar
trechos, pois essa mesma qualidade literária se mostra homogênea e contínua ao
longo de toda a obra. Mesmo assim, escolhi alguns pontos que achei
interessantes como citações: “Ela se
debate sobre a textura e a visibilidade dos mistérios compreensíveis”. “Amadurecer
gera o custo dos perigos e o lucro dos iluminados”.
Obrigado, Tere Tavares, por esse presente tão precioso, que transcende as páginas de um simples livro.
Geovane Fernandes Monteiro:
Tere Tavares escreve prosa poética, rompe os
limites entre poesia e prosa. Isso traz sutileza, uma sensação de que estamos
apreciando um quadro de aquarela que nada diz e tudo estimula, provoca. O texto
não se compromete; ele fala por si em raízes de longos subsolos.. Nunca li um
livro de Tere Tavares. Então me refiro às suas postagens nas redes sociais, e
sempre confiro essa reconhecível dicção.
PS. Marinlella Dina, ou Ornela Dina Mariani diz: Sobre o texto Indivíduo do livro "Entre as águas" contos- 2011.
Toda minha gratidão!
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