Enchentes
As poças tranqüilas da calçada espelham o remanso cioso da
recente chuva.
Minha imagem se acalma por entre as neblinas. E se encolhem
resquícios de uma precoce primavera. Setembro vem com gosto de agosto.
E uma flor na coloração de uma rua escura de pessoas escuras de noites
escuras.
Uma rua que das flores seria derme da flor não foi o
derramado pólen
e disso se ria mais que uma dor atéia que tateia e,
se preciso,
se preciso,
tatua inteira meia lua cheia.
Foto e texto by Tere Tavares
Foto e texto by Tere Tavares
2 comentários:
Assim se escreve na linguagem das luas em suas fases de frutificação. Palavras-flores. Beleza.
Um beijo,
Luísa
Bom dia e semana Tere
Que inspiração provoca esse tempo!
Viajei com o texto. E isso é bom. Provamos o improvável em outras situações.
Beijos amiga.
Postar um comentário