A partitura se expandia pela claridade dos caminhos. Algo de um comportamento sério, introspectivo, contrastava com os lilases e amarelos. Viam-se duas pessoas difusamente compenetradas caminhando, mais por obrigação do que por prazer. Pareciam tristes. Melancólicas. Talvez por perceberem que o tempo lhes havia escoado pelas faces sem permitir-lhes maiores momentos de completo esquecimento. Isso agora pouco importava. A partir dali decidiram ser como aquela criança saltitando descontraidamente à frente, com o mundo todo por percorrer. Eles eram brasileiros, descendentes de uma Europa falida, herdeiros de um país gigante (?) e eram você.
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5 comentários:
"Momentos de completo esquecimento" "saltitando como crianças" - ahhh, Tere querida, que coisa boa me fez sentir seu texto!
Beijos, com carinho
Madá
É mais fácil caminhar, quando o futuro saltita à nossa frente, muito embora nos pese nos ombros uma força a atrair-nos para o chão.
Um beijinho, Tere
Somos brasileiros transeuntes, herdeiros de civilizações milenares, que como um pêndulo, tais civilizações movem-se, hora para frente, hora para traz, no sentido relógio.
Civilizações das quais entre as heranças, provoca almas melancólicas e alegres, plenas de projetos.
Quem dera sempre podermos olhar para o horizonte de nossas almas infantes e vê-lo expandir-se pela confiança.
Caminhemos, pois como essas crianças que existem, vivem em nós.
Parabéns Tere,
Beijos
eles são eu
e os outros somos nós
tanta Europa para quê?
grata pelo seu comentário no meu blog!
um abraço
manuela
"ser como aquela criança"...é um sonho magnífico, que todos deveriam realizar :)
Beijo,
Luísa
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