foram as lágrimas
escaladas
que reconstruíram os meus olhos
de ausência e silêncio
de não obscurecer o tempo
que, ingrato, nubla de ansiedade a minha alma.
de que me valem os dias sem a obra-prima
deslizando do que não vê?
o esmero de haver a cor mais sublime
se é isento o céu que me vive?
encontro o vazio em toda a plenitude
e não tento, senão em vão
e insana, reencontrar-me em sua lição
isuportavelmente perfeita.
12 comentários:
" agrande realização
parece defeituosa
seu efeito não degenera
...
...
o repouso vence a agitação
o frio vence o quente."
Diz o Tao, que no momento de explicá-lo, ele não se materializa. Foge.
Posso dizer que o rastro que você encontrou é digno daquele mistério.
Beijos.
Ah, Tere, minha linda poetisa! É indefinível o que seus versos produzem em meu coração quando leio seu conjunto... As lágrimas são as marés da alma.
Beijos, com carinho
P.S. muito obrigada pelo seu comentário.
Boa noite, Tere e parabéns pela beleza de mais este trabalho - é sempre um gosto ler os seus poemas, um privilégio poder passar aqui alguns momentos tão agradáveis!
Beijinho
O vazio, antes de ser um estorvo, pode ser um desafio...
Nós permite olhar para dentro de nós e extrair, por exemplo, este poema.
Beijão.
Ricardo Mainieri
Tere
Dessa vez poética, que faz com que podemos ver o trânsito das "lágriamas", o que constitue o vazio, e o movimento de apropriar-se, tornando o trágico, o dolorido do humano em matéria prima para a arte e consequentemente um registro do que é "ser" na atualiade.
Beijos
Tere,
tudo vale a pena, quando se fala da alma e seus desejos mais profundos.
Que belo poema. Bem hajas!
1 Bj*
Luísa
Tere,
é bonito de ver como, em tua escrita, dão-se as mãos a poesia e a visualidade que buscas com a pintura. é uma espécie de poesia pictórica, que encontra correspondências inequívocas entre a brancura da tela virgem, e os vazios existenciais. aqui ou lá, a busca será sempre a mesma.
um beijo,
r
Afáveis amigos, a interlocução com vocês é sempre agradável e edificante. Agradeço a todos.
Afetuoso abraço "too".
MUITO BOM À CASA TUA RETORNAR MADRINHA E AMIGA QUERIDA!
SEMPRE LINDAS LETRAS EM POÉTICA TUA!
VIVA LA VIDA
Um poema, aparentemente disfórico, ao jeito de catábase, de descida às franjas do vazio, porém o vazio é promessa da construção,apelo à reordenação do caos, ao sofro da novidade criadora, ordenanças outras,
grato pela partilha,
filipe
Ricardo, obrigada. Vida Viva!
Luis Felipe,
Sem esta outra perspectiva, o novo não teria motivos para instar, entre o que muda e o que emudece, sobram as palavras.
Abraço fraterno aos dois.
Tere,
Sentidos, sentimentos, sensações.
Busca do sentimento de viver.
Luiz Ramos
Postar um comentário