...descubra quem escreve o que em “Histórias Possíveis - Edição 54”.
Boa leitura.
https://historiaspossiveis.wordpress.com/2009/11/23/no-crepusculo-todas-as-cordas-sao-pardas/
No crepúsculo todas as cordas são pardas
Tere Tavares
As sutilezas do céu derramavam-se confusas no seu dorso. O cristal árduo e indefinível dos dias não declinaria de nutrir-lhe as veredas com os lirismos da Terra e a sintonia do homem superior. Irrompeu num porto revolto e destroçou o inalcançável para ferir de imensidão aquela ingênua intensidade. Um tanto disforme e irresignável iniciou um andar trêmulo e mortiço sobre as pedras que poderiam ser cães ferozes ou uma cidade quase sem escândalos. Não fora programado para crer na escuridão. Queria encontrar uma abreviatura em que coubesse como aquele pequenino. Apesar de ter-se transformado, o recanto da sua calma não se modificara enquanto esteve lutando – por uma nova máscara, por qualquer transição calada que se levantasse, ainda que momentaneamente, numa parcela de misericórdia e outra de segurança.
12 comentários:
li o texto e retive, comprovando traços que me fazem admirar a sua escrita, a intensidade posta nas palavras, a ousadia e originalidade, cuja contraparte é o domínio e o rigor literários.
meus parabéns.
Saudações afectuosas
l.filipe pereira
Creio ter encontrado uma miniatura para denominar, não esconder. Toda a força e o lirismo do texto poderia ser chamado de Fá. A nota inaugural do Clair de Lune. Ela é a música adequada para seu texto, como pude entender o caminho das veredas, o cristal, resumo da misericórdia e da segurança. Parabéns.
Tere,poeta-pintora,
As sutilezas do céu e o cristal dos dias dão a energia necessária para alimentar a natureza e o homem que busca proteção em máscaras e sentimentos.
Luiz Ramos
Tere
TEm como voce linkar o texto amiga??
Não consegui encontrar no Histórias Possíveis.
beijos
Querida Tere,
Adoro sua pintura em palavras, mas este curtíssimo conto tem um toque de algo pelo qual eu tenho verdadeira paixão: o mistério, onde real e fantástico se misturam para provar que há muito mais entre o céu e a terra (como bem disse Shakespeare). Que show, Tere! E aquela parte onde "não fui criado para crer nas trevas"?
Parabéns pela publicação, você merece!! Beijos.
Olá Rosemari,
Aqui vai:basta clicar no título desta postagem, rolar a página até o final e aparecerá!
Beijos
TEre querida
Spalavras ua escrita é única. Trabalha as palavras em pínceis folha em branco e as confunde com as sutilezas do céu e com os lirismos da terra. Amiga amo te ler.
beijos
Rose
Tere
Me delicio no requinte de tua escrita.
Um estilo que pede e convida a várias re-leituras.
Beijos
Kibon,madrinha carissima minha,te ler e ver,de oráculo seu através,appós neurocirurgia aneurismatica,(a terceira) recado seu lido foi para mim,amei,estou bem e alta receberei na segunda,acredito eu,bzu suas mãos e agradeço por energias suas!
Viva a Vida!
Agradeçidamente emocionada, a cada um de vocês, deixo meu carinho.
Abração!
Tere, que beleza seu blog, seu trabalho, sua ARTE! Esta é minha primeira visita! Cumprimento você por tanta ARTE que toca imediatamente
o leitor!
Abraço,
Angélica
Postar um comentário